Justiça

Durante depoimento em audiência de instrução, acusado de matar Mariana Thomaz nega ter cometido abuso sexual e afirma não ter esganado a estudante

Teve início na manhã desta sexta-feira (20) a segunda audiência de instrução do caso Mariana Thomaz, estudante de medicina assassinada pelo empresário Johannes Dudeck em 12 de março deste ano. A audiência é realizada no Fórum Criminal de João Pessoa.

 

Teve início na manhã desta sexta-feira (20) a segunda audiência de instrução do caso Mariana Thomaz, estudante de medicina assassinada pelo empresário Johannes Dudeck em 12 de março deste ano. A audiência é realizada no Fórum Criminal de João Pessoa.

A primeira parte da audiência aconteceu na semana passada, quando foram ouvidos depoimentos de testemunhas. O interrogatório do acusado, no entanto, foi adiado para hoje.

A defesa de Johannes chegou a solicitar a retirada da algema do réu, mas a juíza Fancilucy Rejane de Sousa entendeu que por deficiência de escolta, Dudeck deveria ficar com algema, já que só tinham dois agentes e, para magistrada, eles não garantiram a segurança.

Ele voltou a afirmar que não cometeu o crime e disse que a estudante teria sofrido uma convulsão após o uso de drogas.

Com voz embargada, o empresário disse que teria se deparado com um ataque convulsivo da estudante e que tentou socorrê-la, pegando-a pelo pescoço para aferir os seus batimentos cardíacos. O laudo da perícia da Polícia Civil apontou esganadura como causa da morte.

“Coloco os dedos indicador e do meio para saber o pulso dela, isso ao mesmo tempo em que estou em ligação com o Samu. Fiz todo esse manuseio. Eu a coloquei no chão. Ela não caiu no chão”, frisou.

Johannes ainda tentou contrariar o laudo da Polícia Civil e negou que os materiais encontrados no corpo de Mariana tenham sido dele. O empresário disse que não houve uma conjunção carnal específica que foi relatada no laudo.

“Eu quero pelo amor de Deus, meritíssima. Eu quero cruzar os DNAs. Quero provas técnicas para mostrar que eu não fiz isso. Não houve sexo anal. É notório as contradições do laudo. Eu peço pelo amor de Deus, deixa minha defesa trabalhar”, completou.

Ao ser interrogado pela defesa, Johannes afirmou que antes da morte da estudante houve a prática do “sexo não convencional”, usando o estilo BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). O termo refere-se a relações sexuais baseadas no prazer da dor. Ele garantiu que a relação sexual aconteceu com o consentimento de Mariana.

Duas das quatro testemunhas de defesa foram designadas para serem ouvidas. A promotora de Justiça Artemise Leal explicou que a expectativa da acusação é que os outros depoimentos sejam colhidos ainda hoje para em seguida haver a inquisição do réu.

Fonte: Mais PB
Créditos: Polêmica Paraíba