O corpo da juíza paraibana Mônica Andrade Figueiredo de Oliveira, encontrada morta no carro do marido, em Belém do Pará, nessa terça-feira (17) foi liberado na manhã desta quarta-feira (18) para fazer o traslado para Campina Grande, na Paraíba, onde deve ocorrer o velório. O enterro também está previsto para acontecer nesta quarta-feira, na cidade de Barra de Santana.
A juíza foi encontrada morta no carro do marido, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude de Belém, ligada ao Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA). Ele mesmo levou o corpo para a Divisão de Homicídios, em Belém do Pará, e alegou ter se tratado de um suicídio. Mônica Maria era prima da vereadora de Campina Grande Ivonete Ludgério, que falou do choque para a família que foi saber da tragédia e pediu esclarecimentos sobre questões não explicadas do caso.
Para Ivonete, o fato do marido, que conhece a lei, ter levado o corpo para a delegacia gera desconfiança. “Ele conhece a lei, sabe que não pode mexer na cena do crime. Começamos a desconfiar. Cada vez que ele dá uma versão, é uma versão diferente. A gente sabe que ele deve estar muito estressado, nervoso, mas mesmo assim a gente precisa saber a verdade”, disse.
Mônica tinha 47 anos e era titular da Vara Única de Martins, no Rio Grande do Norte, onde ocupava a diretoria do fórum. Segundo parentes, Mônica e Augusto já tinham um relacionamento de dois anos e quase um ano casados. Ela viajava com frequência até Belém. Um parente da juíza e um advogado criminal já estão a caminho do Pará.
A juíza deixou dois filho do primeiro casamento.
O juiz é tido como um dos principais suspeitos na investigação da morte de Monica, principalmente porque ele removeu o cadáver do local do crime antes de acionar a polícia. A versão apresentada pelo magistrado ganhou uma reviravolta. A administração do prédio em que a mulher teria sido encontrada negou o caso, afirmando que o juiz não esteve no local nem sequer morava lá.
O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirmou que teve uma discussão com sua esposa e que é dono da arma usada na morte de juíza paraibana. Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 22h30, da segunda-feira (16), João Augusto Júnior “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento” com a juíza Mônica de Oliveira. Após a discussão, Mônica “arrumou suas coisas e desceu, informando que iria viajar”.
No depoimento, João Augusto informou que na manhã desta terça-feira (17) não achou a chave do carro. Então, ele pegou uma chave reserva e seguiu em direção à garagem do prédio. Ao chegar lá, ele teria visto que o veículo estava estacionado e com a porta aberta.
O magistrado disse no boletim de ocorrência que “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” do próprio juiz, que “sempre fica guardada dentro do carro”.
O juiz relatou ainda que ela teria cometido suicídio dentro do seu carro que estava na garagem do prédio onde ele reside, no edifício Rio Miño, no bairro Nazaré. Após isso, ele alega ter dirigido até a Divisão de Homicídios.
Fonte: Polêmica Paraíba com Paraíba.com
Créditos: Polêmica Paraíba