Foram 10 dias na Penitenciária Feminina do Distrito Federal e mais de um ano de prisão domiciliar em Brasília usando tornozeleira eletrônica, após liderar manifestações golpistas a favor do presidente Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal, em 2020. De lá pra cá, Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter, mudou a cor do cabelo, que de loiro passou para ruivo, trocou a calça cargo por roupas executivas e baixou o tom quando o assunto é militância política.
A ex-líder do grupo extremista de apoio a Bolsonaro “300 do Brasil”, que antes de se tornar conservadora chegou a ser integrante do grupo feminista Femen, se renovou e agora atua como conferencista internacional por países da América Latina, replicando o que chama de “treinamento para líderes conservadores”. Nas redes sociais, a ex-militante não faz mais pronunciamentos raivosos contra instituições, a defesa do presidente também se tornou discreta. Posicionamentos contra o aborto e favoráveis ao armamento feminino se tornaram suas principais bandeiras, assim como a divulgação de pensamentos de seu mentor, o escritor Olavo de Carvalho.
Sara, que passou dias acampada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e gravou um vídeo falando em “‘troca de socos’ com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, agora prega a oração no lugar da manifestação política.
“Sabe o tempo que você gasta em dezenas de grupos de direita discutindo à toa? Tire uma hora a cada 15 dias pra fazer uma ação de caridade concreta a alguém que realmente precisa por estar em uma situação de vulnerabilidade. Não busque só a reeleição de um presidente (que sim, é válida e necessária), mas também a salvação da sua alma”, escreveu em uma postagem no Instagram.
Para a rede, Sara grava conteúdos em espanhol e inglês, tendo também um perfil exclusivo para o público internacional. No momento, ela está em Cancún, no México, onde se prepara para casar com o noivo americano.
Profissionalmente, ela mantém ainda uma livraria online, onde oferece publicações voltadas para o público conservador e de extrema-direita. A extremista faz ainda postagens informando dados bancários onde seus seguidores podem fazer contribuições e a ajudar a arrecadar os R$ 16 mil que precisa pagar de indenização no processo que perdeu, após chamar a antropóloga Débora Diniz de ‘maior abortista brasileira’.
Fonte: Jornal Extra
Créditos: Polêmica Paraíba