A composição das 13 comissões técnicas permanentes já tinha sido definida com a participação de membros das bancadas de situação e oposição após uma reunião no Salão Azul da Câmara Municipal de Campina Grande, antes da sessão ordinária de ontem. Todavia, quando o projeto de resolução oficializando o aumento do número de comissões de sete para 13 entrou em discussão para ser votado, surgiu uma nova polêmica que motivou o adiamento da votação para hoje.
A postergação foi solicitada pelos vereadores Napoleão Maracajá (PCdoB) e Ivan Batista (PMDB) a partir de uma questão de ordem levantada pelo secretário da Mesa Diretora, Pimentel Filho (PMDB). Este argumentou que não estavam anexadas ao projeto as competências das novas comissões.
A vereadora Ivonete Ludgério (PSB) argumentou que as novas comissões foram desmembradas, estando implícitas as suas atribuições. Os argumentos foram ratificados pelos vereadores Murilo Galdino (PSB) e Bruno Cunha Lima (PSDB). “O vereador (Pimentel) está fazendo política e não o bem da população, quer esperar pelas comissões para dar os pareceres sobre os projetos”, comentou Ivonete.
Notícias Relacionadas
Golpe
CASO HORT AGRESTE: 'Dama das hortaliças' se entrega à polícia e é presa em JP; veja vídeo
Priscila dos Santos Silva, a terceira pessoa foragida e suspeita de envolvimento no esquema que atraía investidores para o cultivo hidropônico, prometendo lucros irrealistas, se apresentou à polícia na manhã desta segunda-feira (9). Após se entregar, ela foi interrogada na Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa. Conforme as investigações, a empresa tinha como […]
Redes Sociais
Justiça concede HC para Deolane Bezerra, que ficará em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica
Deolane foi alvo de uma operação da Polícia Civil de PE que tem como objetivo acabar com um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Pimentel retrucou, disse que era a favor do aumento das comissões, mas não iria votar “uma coisa que estava errada”, e anunciou que iria se abster da votação. Ele foi acompanhado pelos vereadores Olímpio Oliveira (PMDB), Rodrigo Ramos (PMN), Metuzelá Agra (PMDB) e Ivan Batista (PMDB), que inclusive revelou que não tinha sequer cópia do projeto.
Depois de muita discussão, Napoleão Maracajá ressaltou a necessidade de ampliar o número de comissões devido ao aumento de vereadores, de 16 para 23, mas também dos problemas da cidade, a exemplo de recursos hídricos. Assim, pediu o adiamento para anexar ao projeto as competências das comissões, tese seguida por Ivan Batista. O presidente da Casa, Nelson Gomes Filho (PRP), também sinalizou pelo adiamento e colocou a proposta em votação, sendo aprovada por unanimidade.
No acordo prévio, foram definidos os seguintes vereadores para presidir as comissões, embora possa haver mudanças ainda hoje: Bruno Cunha Lima (Constituição e Justiça), Marinaldo Cardoso (Finanças e Orçamento), Ivam Batista (Educação, Esporte e Turismo), Rodrigo Ramos (Saúde e Bem Estar Social), Joia Germano (Obras e Habitação), Napoleão Maracajá (Direitos Humanos, Consumidor e Servidor), Lula Cabral (Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Vaninho Aragão (Direitos da Mulher, Idoso, Criança e Adolescente), Alexandre do Sindicato (Segurança Pública e Defesa Social), Sargento Regis (Transporte e Mobilidade Urbana), Galego do Leite (Agricultura e Pecuária), Hércules Lafitte (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Saulo Noronha (Ciência e Tecnologia).
PROCURA-SE UM LÍDER PARA A OPOSIÇÃO
Na sessão de ontem, a vereadora Ivonete Ludgério (PSB) foi apresentada formalmente como a líder do governo do tucano Romero Rodrigues na Câmara. Bruno Cunha Lima (PSDB) foi oficializado como vice-líder. Diferentemente dos governistas, o bloco da oposição não indicou oficialmente sua liderança.
Uma reunião, na noite de segunda-feira, com os vereadores oposicionistas definiu o nome de Pimentel Filho como líder da bancada, inclusive com o referendo da presidente municipal do PMDB, deputada federal Nilda Gondim. No entanto, ele revelou ontem no plenário que não vai comandar o bloco, alegando que já deu sua contribuição ao partido ao liderá-lo durante a gestão passada.
Ao ser indagado se era um vereador da oposição, situação e do bloco independente, Pimentel Filho respondeu: “Eu fui eleito pelo PMDB para trabalhar por Campina Grande. Se os campinenses disserem a mim que querem que eu seja só unicamente o vereador de oposição eu serei. Mas eu fui eleito para trabalhar por Campina”, frisou o peemedebista.
Outro nome que chegou a ser cogitado para liderar o bloco foi Olímpio Oliveira (PMDB). Mas ele argumentou ontem que não tinha sentido liderar uma bancada, pois não sabia definitivamente quem era da oposição nem da situação. Olímpio ainda enfatizou: “Eu tenho uma convicção e posso falar pelo vereador Olímpio Oliveira. Faço parte de um partido de oposição e eu sou da bancada de oposição”, concluiu.
Do Blog com JP OnLine
