O marceneiro Marcos Francisco de Jesus, 47, viveu uma experiência que classificou como “grotesca” quando, após um dia cansativo de trabalho, decidiu abrir uma garrafa de cerveja para relaxar com a esposa, a projetista de móveis Erika Travasso, 43. Ao retirar a tampa, ele notou que havia um corpo estranho dentro da garrafa — que ele identificou como “um pedaço de carne” que fazia barulho ao bater contra o vidro: “Parecia um dedo”, resumiu o homem.
“Comprei essa cerveja no Zé Delivery, no dia 8. Comprei 12 garrafas, estoquei e algumas eu tomei”, contou ao Portal UOL o morador de Praia Grande (SP), que só teria encontrado a “anormalidade” na última quarta-feira (20). “Sentei e, quando olhei dentro da garrafa, vi que tinha algo. Eu já tinha reparado que, quando tirei a tampa, não tinha gás, não tinha pressão. Aí não tomei, né. Fiz alguns vídeos e depois esvaziei a garrafa e fiz um vídeo um pouco melhor”.
O objetivo de gravar os vídeos era o de publicar posts nas redes sociais, para alertar outros consumidores para que se atentassem à presença de corpos estranhos antes de ingerir o conteúdo das garrafas, no caso, da marca Original, da Antarctica.
“Eu queria saber o que era que tinha dentro da garrafa. Imagine se eu ingiro isso aí e passo mal? Eu acho que era uma carne, sim. Ao chacoalhar a garrafa, ela fazia um barulho, parecia um dedo, uma unha, sei lá”, declarou o marceneiro.
“Meu marido imaginou que até pudesse ser um dedo, porque ao chacoalhar a garrafa, ele fazia um barulho estranho, como se fosse de um osso batendo contra o vidro. Olhando bem, tinha umas partes brancas expostas, que se pareciam mesmo com um osso”, contou.
Grande em relação ao bocal
Erika não sabe dizer também do que pode ser feito o material “grotesco” preso dentro da garrafa. Ela diz que teve gente que questionou que a garrafa estaria sem a tampa quando os vídeos foram gravados, mas ela afirma que seria impossível introduzir o corpo estranho pelo bocal do vasilhame.
“Seria impossível retirar aquele negócio sem quebrar a garrafa, porque ele está grande”, comentou. “Graças a Deus, o Marcos não bebeu. Não sabemos o que era aquilo. Meu marido é marceneiro, então se ele adoece, já viu, né?”.
Após o incidente, o casal contatou o Zé Delivery, um aplicativo de comércio de bebidas, e a Ambev. A equipe de qualidade da indústria de bebidas, também responsável pelo aplicativo, recolheu o vasilhame para uma avaliação.
Por meio de nota, as empresas informaram que a qualidade de todos os seus produtos “sempre vem em primeiro lugar” e que, para isso, contam com mais de 1.300 de pontos de controle de qualidade na fabricação de duas cervejas, entre elas uma inspeção que acompanha todas as garrafas desde sua entrada na linha de produção até que sejam lacradas e destinadas aos pontos de venda.
“Desde que tivemos ciência dessa reclamação, contatamos o consumidor para coletar e analisar o produto. Reafirmamos nosso compromisso com os consumidores e ficamos à disposição para esclarecimentos pelo SAC (0800 887 1111), de segunda a sábado, das 8h às 20h”, concluem o Zé Delivery e a Ambev, na nota.
Fonte: Uol
Créditos: UOL