Sabrina Sato, rainha da Gaviões da Fiel, em São Paulo, e da Vila Isabel, no Rio, entregou que nos desfiles das escolas de samba nem tudo são flores quando o assunto é conforto e segurança no figurino: depois de brilhar no desfile da primeira, neste Carnaval, ela revelou ao “Fantástico” que ficou com “dor no furico” por conta da fantasia.
A princesa da Tuiuti Mayara Lima passou por um perrengue ainda mais visível, no meio da Sapucaí: a parte de baixo do figurino teria rasgado, deixando a vulva da dançarina exposta. Ela negou que tenha ficado nua e disse que colocou uma calcinha marrom para contornar o problema ainda enquanto sambava.
Figurinos que cobrem apenas os seios e a região íntima das musas do Carnaval intrigam quase sempre o público: como pedrarias, aplicações e calcinhas com estrutura metálica se sustentam no corpo das rainhas de bateria e passistas durante todo o desfile?
Há diferentes acessórios para manter a proteção da região íntima das mulheres: tapa-sexo, macacões e body transparentes e até mesmo adesivos. Mas, todos funcionam? Com a palavra, os estilistas carnavalescos que criam a moda das avenidas.
Estilista de famosas, como de Paolla Oliveira, que foi à frente da bateria da Grande Rio como ‘Exu’, Michelly X conta que a escolha para a atriz foi um macacão de tule. Nada de tapa sexo de metal, que se prende ao bumbum e à vulva da mulher por pressão.
“Muita gente não percebeu, mas era um macacão que mandei tingir para ficar em um tom de pele bronzeado. Aí, coloquei as aplicações na virilha, mas era tudo mole, não machucava”, explica.
Para Michelly, não vale a pena desenhar uma fantasia que seja bonita na avenida, mas que não garanta conforto a quem vai sambar. “Tem gente que vai com estrutura de metal, mas acho que a pessoa não tem que sofrer. Tudo que fiz neste Carnaval era extremamente leve; as cabeças, por exemplo, não pesavam mais de um quilo”.
Transparência garante conforto
Há pelo menos três Carnavais, uma peça simples tem tomado o lugar do tapa-sexo de pressão: o “body illusion”. Nada mais é do que um maiô de tule bem fino que é base para bordados e aplicações na parte que cobrirá a região íntima da mulher. “Ele dá até a impressão de que é uma calcinha, mas é um body”, explica Michelly.
Adesivos, como aqueles que algumas pessoas usam para sustentar os seios, não são os mais recomendados: o suor faz com que a cola saia fácil e o acessório fique deslocado. Vale dizer que quando a fantasia rasga, mostra a parte íntima do corpo, é possível que a escola de samba perca pontos dos jurados no quesito “Fantasia”.
‘Cavadão’ é feito sob medida
O biquíni cavado das mulheres nas avenidas, como usaram Sabrina e a atriz Monique Alfradique, que desfilou pela Grande Rio, também vira curiosidade do público: com uma abertura tão longe da virilha, não há perigo de parte da vulva aparecer, sem querer?
O estilista Bruno César, da escola de samba em que Monique participou, garante que tudo é feito sob medida. “Elas definem a cava e, normalmente, há um forro para não sair do lugar. Por isso, há provas da roupa, para ver se ela está OK. Mas, é isso, na avenida, a pessoa tem que estar preparada para tudo”.
Fonte: UOL
Créditos: UOL