Larissa, 33 anos, só queria ir para a casa na zona oeste de São Paulo após uma noite com as amigas. Mas diz que quase foi dopada ao entrar às 4h10, da madrugada de quinta-feira (21/4), em um Uber no bairro República.
Ela começou a noite em um bar com as amigas onde consumiu bebida alcóolica. Depois, foi para uma balada na Barra Funda, mas decidiu beber apenas água e energético. “Estava totalmente sóbria”, reforçou Larissa.
De lá, tentou pedir um Uber para ir embora, mas após diversos motoristas cancelarem a corrida, ela decidiu ir para a casa de uma amiga na República para ver se conseguia mais facilmente um carro para ir embora para casa.
Após mais cancelamentos, finalmente um motorista que estava a sete minutos do local aceitou a corrida.
“Coloquei: ‘Douglas, não cancela, por favor’. E ele me respondeu: ‘Por quê?’. Eu falei: ‘Porque estão cancelando o tempo inteiro’. Normalmente, eles respondem: ‘Ok’, ‘Entendi’, ‘Pode deixar’”, contou a mulher.
Larissa afirmou que nesse momento já estranhou a atitude do motorista, ela então reparou que não havia o número de corridas que ele já tinha feito. A mulher então tirou um print da tela do aplicativo e enviou para a amiga.
Quando o carro chegou, ela conferiu a placa e a foto do condutor. Entrou no veículo e decidiu se sentar atrás do banco dele um pouco mais afastada para o meio do banco.
“Foi me dando um negócio, eu fiquei observando, e eu estava de máscara PFF2. Ele estava sem máscara, ele pegou um potinho transparente com uma tampinha preta que poderia ser álcool 70%, mas não tinha nada escrito”, relatou.
Larissa continuou contando o que aconteceu: “Abri o vidro na hora, subiu um cheiro muito forte, de produto químico, de loló. Eu meio que zonzei e não sei se fui eu ou ele que fechou a janela”.
“Eu abri de novo a janela. Senti um cheiro muito forte de novo, mas fiquei um pouco zonza só porque eu estava de máscara. Comecei a dizer: ‘abre a porta’ e bater na porta que estava trancada e eu não conseguia abrir”, contou Larissa.
O motorista disse que ela estava “louca” e parou o carro. “Se eu estivesse bêbada, eu nem teria prestado atenção que o cara pegou um potinho”, desabafou Larissa.
Ainda zonza, a mulher se abrigou em uma loja que estava aberta na Avenida Duque de Caxias, na República. “Tudo isso que aconteceu até eu ligar para minha amiga durou oito minutos. Foi muito rápido”, disse.
Larissa denunciou o ocorrido na plataforma Uber que respondeu que tentou entrar em contato com ela por telefone. No entanto, ela nega que houve essa tentativa. Segundo a vítima, sua conta no aplicativo foi desativada pela empresa para “análise”.
“Os relatos da usuária e do motorista parceiro apresentam contradições, que só poderão ser elucidadas pelas investigações. A Uber está à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei”, disse a Uber em nota ao Metrópoles.
Sofrendo com crises de ansiedade e sem querer sair de casa, Larissa registrou o boletim de ocorrência virtual. A reportagem do Metrópoles questionou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) sobre o caso, mas não recebeu nenhum retorno até o momento.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba