Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, se tornou um dos críticos mais ruidosos do governo de Jair Bolsonaro (PL), do qual participou até junho de 2020. Pré-candidato ao governo paulista pelo PMB sem apoio do ex-chefe, Weintraub segue subindo o tom em suas críticas ao controle que os partidos do Centrão ganharam em Brasília.
Esse comportamento tem rendido ao ex-ministro muitas cobranças de militantes que seguem fechados com Bolsonaro. E, nesta segunda-feira, (18), em resposta a uma dessas cobranças, afirmou que a motivação é pessoal.
“É 100% pessoal”, respondeu ele, no Twitter. “Estão destruindo o meu país. Tive que mudar a minha vida e a da minha família. Para entregar o país ao Centrão? E ter que fingir estar gostando?”, escreveu o ex-ministro.
Weintraub foi demitido do governo por ter se radicalizado demais, incomodando os novos aliados de Bolsonaro. Uma frase dele, dizendo que os ministros do Supremo Tribunal Federal deveriam ser presos, foi um dos pontos de mais destaque da reunião ministerial de abril de 2020 que teve a gravação tornada pública após denúncia do ex-ministro Sergio Moro contra o presidente.
Fora da Esplanada, o ex-ministro desfrutou, ao menos até o início deste ano, de uma “mudança de vida” que rendeu frutos financeiros. Como diretor do Banco Mundial, indicado pelo governo Bolsonaro, ganhava mais de R$ 100 mil por mês e vivia nos Estados Unidos com a família até se rebelar de vez contra o ex-chefe.
Veja a manifestação de Weintraub no Twitter nesta segunda:
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Metrópoles