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Motociata vira palanque, e Bolsonaro ataca WhatsApp e ministros do TSE - VEJA VÍDEO

Em ritmo de campanha eleitoral, o presidente e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), montou palanque hoje na cidade de Americana, no interior de São Paulo.

Foto: Reprodução

Em ritmo de campanha eleitoral, o presidente e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), montou palanque hoje na cidade de Americana, no interior de São Paulo, e fez um discurso inflamado para centenas de motociclistas que o acompanharam em mais uma motociata. Ele atacou o PT, disse ser chefe do Executivo federal “por uma missão de Deus” e fez ataques ao WhatsApp e a ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Bolsonaro expôs a sua insatisfação com um acordo costurado entre a Corte eleitoral e o aplicativo de mensagens para que uma nova funcionalidade do WhatsApp, que permite a criação de comunidades com milhares de pessoas, só seja implementada no Brasil após a conclusão das eleições, em outubro. O objetivo do TSE seria frear a disseminação de notícias falsas, mensagens de ódio e outros conteúdos que possam configurar crimes.

“Adianto para vocês, o que eu tomei conhecimento nessa manhã. É simplesmente algo inaceitável, inadmissível e inconcebível. O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial respectiva para o Brasil. Isso após um acordo com três ministros do Tribunal Superior Eleitoral”, disse o presidente.

Cerceamento, censura, discriminação… Isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês.

Durante o trajeto até Americana (o comboio de motociclistas saiu da cidade de São Paulo e percorreu cerca de 120 km), Bolsonaro já havia feito críticas ao WhatsApp nas mesmas circunstâncias e pelo mesmo motivo. O presidente chegou a dizer que o acordo com o TSE não será cumprido, porém não explicou como o governo federal poderia efetivamente interferir na questão. O Tribunal é independente para ditar as regras da eleição e não necessita de autorização do Executivo.

“(…) Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo… Sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil? Isso é inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido esse acordo que por ventura eles tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento.”

No discurso, Bolsonaro ponderou que é “obrigado a jogar dentro das quatro linhas” [da Constituição] e, com uma frase de efeito, deu a entender que não estaria disposto a partir para uma ruptura institucional. “Se do lado de lá vale tudo, do lado de cá, não é assim.”

Em razão da motociata de hoje (termo que tem sido utilizado em referência a esse tipo de manifestação), parte da Rodovia dos Bandeirantes foi interditada para a passagem de centenas de motociclistas gerando pontos de lentidão na saída do feriado prolongado de Páscoa —por volta das 13h40, a via já estava completamente liberada.

O comboio partiu de São Paulo, a capital, entre 10h e 10h30. O pré-candidato à reeleição chegou à concentração no Anhembi, na zona norte da capital paulista, e encontrou o grupo perto da praça Campo de Bagatelle. Cerca de três horas depois, por volta de 13h20, Bolsonaro foi recepcionado por centenas de pessoas em Americana.

Durante o trajeto, Bolsonaro parou ao menos três vezes para fazer lives em suas redes sociais e tirar fotos com motociclistas apoiadores.

“Uma participação fantástica. Demonstra que a população quer democracia, liberdade, respeito, transparência… Que o ideal seja a legalidade. Então, está de parabéns aqui o povo de São Paulo”, declarou ele durante a transmissão ao vivo.

Só as imagens podem mostrar. Vale mais do que 1 milhão de palavras. A atenção por um Brasil realmente livre, próspero e com liberdade total. Não é apenas de ir e vir. É liberdade de opinião, de expressão, de credo… É esse o Brasil que nós queremos. E, por isso, eu dou a minha vida.

Bolsonaro participou do evento na companhia do ex-ministro da Infraestrutura Tarcisio Gomes de Freitas, que deixou o cargo para concorrer ao governo de SP em outubro. Na chegada ao ato, eles tiraram fotos com a militância.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o reforço do policiamento contou com efetivo de mais de 1.900 policiais militares e resultará em um custo de R$ 1 milhão aos cofres do estado.

Tanto a secretaria quanto a concessionária responsável pela rodovia informaram que não divulgarão estimativa de público.

Em junho do ano passado, os gastos da primeira motociata na capital paulista chegaram a R$ 1,2 milhão com a participação de 1.433 policiais, cinco aeronaves, dez drones e aproximadamente 600 viaturas, também de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.

Em outra motociata realizada no estado no ano passado, na cidade de Presidente Prudente, os custos foram superiores a R$ 300 mil. O efetivo foi reforçado com 450 policiais militares, drones e um helicóptero.

Selfies

No decorrer do trajeto, Bolsonaro parou em um dos pontos da rodovia para uma sessão de fotos com apoiadores.

Às margens da rodovia dos Bandeirantes, centenas de fãs e eleitores bolsonaristas se aglomeram para acompanhar a passagem das motos. Grades foram instaladas a fim de delimitar o espaçamento.

Segundo reportagem do Estadão Conteúdo, a motociata conta com uma área VIP, que seria destinada a participantes que pagaram uma taxa de inscrição de R$ 10. O motoqueiro que desembolsou a quantia tem direito a ficar nos pelotões frontais do ato, ou seja, mais perto de Bolsonaro.

confira o vídeo:

 

*Com informações do UOL e Estadão Contéudo

 

Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba