Guerra

Exército ucraniano afirma ter 635 estrangeiros lutando ao seu lado; 13 destes são brasileiros

Levantamento feito pelo Ministério da Defesa da Rússia rastreou 635 combatentes em apoio às tropas ucranianas no conflito —13 deles são brasileiros, segundo o governo russo, a maior quantidade de voluntários no hemisfério Sul ou entre os países em desenvolvimento.

 

Levantamento feito pelo Ministério da Defesa da Rússia rastreou 635 combatentes em apoio às tropas ucranianas no conflito —13 deles são brasileiros, segundo o governo russo, a maior quantidade de voluntários no hemisfério Sul ou entre os países em desenvolvimento.

Especialistas relacionam o fenômeno a questões ideológicas, como o bolsonarismo, a defesa da política armamentista no país e até uma identificação com a queda do governo ucraniano em meio às violentas manifestações de 2014 da extrema direita, que contou com a participação de grupos neonazistas.

Encabeçada por estrangeiros de países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou de nações vizinhas, a lista elaborada pelo governo russo de 635 combatentes aliados da Ucrânia também conta com aliados tidos como “improváveis” devido ao distanciamento geopolítico do conflito.

Com 13 voluntários, o Brasil aparece empatado ao lado da Polônia, país que faz divisa com a Ucrânia e com envolvimento direto na guerra, já que está em uma das principais rotas de fuga de refugiados.

O grupo de brasileiros é formado por ex-militares que apoiam o bolsonarismo, apontam os especialistas —um deles fez campanha aberta nas redes sociais em apoio a Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 trajando camisa com o rosto do então candidato e fazendo pose com as mãos em alusão à política armamentista do então candidato.

“Existe uma afinidade ideológica. Há pessoas que já falavam em ‘ucranização do Brasil’ muito antes de a guerra começar [em referência às ações de paramilitares de extrema direita que resultaram na queda do governo ucraniano em 2014]. São ex-militares que se identificam com o bolsonarismo”, afirma Tito Barcellos.

O governo de Jair Bolsonaro tem adotado uma postura de neutralidade em relação ao conflito. Contudo, em votação que suspendeu a Rússia do conselho de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) na última quinta-feira (7), o governo brasileiro se absteve e não apoiou o afastamento do país de Vladimir Putin.

 

Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba