Violência

Sobrevivente da chacina na aldeia indígena em Marcação, diz que se fingiu de morto para enganar criminosos

Um dos sobreviventes da chacina registrada na noite deste domingo (10) no município de Marcação, no Litoral Norte da Paraíba, falou sobre como se deu todo o crime. O homem destacou que só sobreviveu porque se fingiu de morto e que os homens já chegaram atirando.

 

Um dos sobreviventes da chacina registrada na noite deste domingo (10) no município de Marcação, no Litoral Norte da Paraíba, falou sobre como se deu todo o crime. O homem destacou que só sobreviveu porque se fingiu de morto e que os homens já chegaram atirando.

“Só mandavam tudinho se abaixar. Eu só lembro que eu me deitei no chão. Ele atirou em mim e eu fingi que morri. Depois eles saíram atrás dos outros. Eu aproveitei e corri”, relembra o sobrevivente.

O homem levou um tiro de raspão no braço e não precisou nem ser hospitalizado. Ele não foi identificado por questões de segurança e disse não saber o que motivou o crime.

Na casa onde aconteceu o crime, localizada na Aldeia Caieira, localizada em terras indígenas Potiguara, estavam pouco mais de dez pessoas que tinham chegado de uma festa e continuavam a beber no local.

De repente, um grupo de homens encapuzados saíram de um matagal pouco antes da meia-noite com espingardas calibre 12 e revólveres calibre 38. Tudo aconteceu de forma muito rápida. Parte das pessoas tentaram fugir para o mato, parte correu para dentro da casa. O homem foi um desses.

O sobrevivente é da mesma família em que era a maior parte dos mortos. Eram parente dele Adriana Gomes da Silva (41 anos), Fabiana Firmino da Silva (idade não revelada), Maria Clara Gomes Barbosa e Eduardo Gomes (13 anos). Fabiana estava grávida e era a única não-indígena entre os mortos.

Além desses quatro, morreram ainda os também indígenas Douglas Fidelis Vasconcelos (19 anos) e José Rodolfo dos Santos Justino (15 anos).

Outras seis pessoas, sendo quatro homens e duas mulheres, ficaram feridas. O Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, contudo, informou que apenas duas pessoas deram entrada na unidade, uma adolescente de 15 anos e um homem de 21 anos.

As polícias Civil e Militar dizer que a casa funcionava como ponto de tráfico de drogas. A suspeita é de que o local estava no centro de uma disputa por território de tráfico de drogas.

Fonte: G1PB
Créditos: Polêmica Paraíba