Um norte-americano de 101 anos finalmente conseguiu obter seu diploma do ensino médio após 84 anos. Na época, Merrill Pittman Cooper não conseguiu concluir os estudos por problemas financeiros. Oito décadas depois, no dia 19 de março deste ano, ele participou de uma cerimônia especial para a entrega do seu diploma.
Na década de 30, ele frequentou o Storer College, uma antiga escola secundária em Harper’s Ferry, West Virginia, EUA. Sua mãe trabalhava como empregada doméstica e não pôde pagar as taxas escolares do seu último ano do ensino médio. Cooper, então, se mudou com a mãe para a Filadélfia, no estado da Pensilvânia, onde ela tinha família que poderia ajudá-la.
“Foi difícil quando comecei”, disse Cooper ao The Washington Post, lembrando do que passou na época, quando abandonou os estudos para trabalhar como operador de bonde.
“Eu não gostaria de repetir algumas das coisas que as pessoas me disseram quando me viram operando o bonde. Tivemos que ter a Guarda Nacional a bordo para manter a paz”, completou, fazendo referência ao racismo que enfrentou quando assumiu o posto.
Depois de uma carreira no ramo de transportes, que incluiu extensa luta sindical, o idoso sentia que ainda faltava algo: concluir o ensino médio. Em 2018 ele contou para a família, durante uma visita à antiga escola – que hoje faz parte do Parque Histórico Nacional Harpers Ferry -, que queria ter recebido o diploma de ensino médio.
Seus parentes, então, entraram em contato com as Escolas do Condado de Jefferson, na Virgínia Ocidental, e organizaram uma surpresa para realizar o sonho que o idoso tanto desejava.
Neste mês de março, então, o idoso de 101 anos, que atualmente mora no estado de Nova Jersey, conseguiu realizar sua cerimônia de formatura e ganhou o diploma honorário. Junto com sua família, Cooper pôde celebrar o sonho realizado.
“A JCS está orgulhosa de fazer parte de um esforço colaborativo para homenagear o estudante Merrill Pittman Cooper, de 101 anos de idade, com um diploma escolar honorário de ensino médio”, escreveu a escola em uma publicação no Facebook.
Fonte: O Povo
Créditos: O Povo