Mencionar/ouvir/ver imagens de “Pantanal”, todos nos lembramos, imediatamente, da novela que está sendo exibida na TV Globo!
De minha parte, porém, também vem à lembrança não só o próprio Pantanal encravado no Mato Grosso do Sul, mas, até mais fortemente, suas cidades de Corumbá e Ladário, nas quais, lá no ano 1976, nelas estive integrando uma equipe de universitários paraibanos participantes de uma das mais importantes iniciativas do Brasil, titulada de “Projeto Rondon”.
Aliás, as equipes de universitários eram duas: uma desenvolvendo suas atividades (de apoio às comunidades) especificamente em Ladário; a outra em Corumbá. Entretanto, quando a noite chegava as duas equipes juntavam-se e compunham, exibindo-se em clubes ou escolas, o grupo folclórico “Xaxado da Paraíba”, que, em João Pessoa, antes da viagem, tinha sido “treinado” pelo imortal folclorista Tenente Lucena!
Outro “aliás”: – em 1976 só existia o estado do Mato Grosso, este compreendendo, também, o hoje estado de Mato Grosso do Sul, cujo desmembramento ocorreu um ano depois. Era um tempo em que, à tarde, quando se percebida, entre as nuvens, a chegada do avião da VASP para pouso no aeroporto de Corumbá, havia quem da equipe paraibana dissesse: “Lá vem o Jornal Nacional!” (É que não havia a instantaneidade da informação… e o avião conduzia a “fita K7” desse programa jornalístico para a noite ser mostrado nos televisores de Corumbá e Ladário (Aqui, um terceiro “aliás”: Ladário está dentro do próprio território de Corumbá; “um está dentro do outro”; tecnicamente se diz que Ladário é um “enclave” de Corumbá e as duas cidades são uma área de conurbação, ou seja, formam um mesmo espaço geográfico).
Esse “Projeto Rondon”, cujo nome foi (e é) uma homenagem ao Marechal Cândido Rondon, reconhecido como “o bandeirante do século XX”, tinha como lema a frase “integrar para não entregar”. E assim o era para promover a integração nacional tanto no sentido territorial quanto no aspecto sociocultural. Imagine como era importante paraibanos estarem, por mais de um mês, convivendo intensamente e ajudando mato-grossenses!… Estudantes de outros estados encontrarem-se, em uma operação de mesmo gênero, em Rondônia, Amazonas… Constituiu-se tão importante esse trabalho do “Projeto Rondon” que suas programações, inicialmente só no período de férias escolares de fim de ano (Operação Nacional) ampliaram-se para as férias de meio de ano (Operação Regional) e até para os dias de fim de semana (Operação Especial).
Pena, uma pena mesmo, que em 1989 o Governo Federal tenha extinto o “Projeto Rondon”! Retomou-o em 2005, mas… não mais com a estrutura e suporte anteriores, de tal modo que praticamente nele não se ouve falar!…
E aos sessenta universitários paraibanos que participaram daquela Operação Nacional do “Projeto Rondon” em 1976, no Pantanal mato-grossense, peço enviar uma mensagem para este meu e-mail aqui identificado, a fim de que – quem sabe?!… – dia desses possamos todos nos reunir e dançar, de novo, o “xaxado da Paraíba”!…
Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba