Nesta terça-feira, (29), o ex-ministro Sergio Moro disse que se considera como o nome mais competitivo para a candidatura presidencial da ‘terceira via’. Para ele, o cenário deve permanecer o mesmo até julho deste ano, possível o martelo deve ser batido sobre uma convergência entre partidos como MDB, União Brasil e PSDB. Moro falou sobre o assunto durante um almoço com empresário na Associação Comercial do Rio (ACRJ), onde esteve com sua esposa, advogada Rosangela Wolff Moro, e com o general Alberto Santos Cruz.
“Lá adiante, se as pesquisas apontarem um candidato mais competitivo do que eu, não tenho nenhum problema (em abrir mão da candidatura). Mas, hoje, você vai dizer que em julho ainda será o candidato mais atraente dessa terceira via. E aí eu gostaria de ver o movimento contrário. Porque ou é para valer e se quer uma terceira via no país ou é conversa fiada e se quer realmente Lula ou Bolsonaro”, declarou Moro, no evento.
E acrescentou:
“Não posso renunciar minha candidatura para alguém que tem 1% ou 2% nas pesquisas, quando a gente tem lá 10%, 9%, 8% a depender das pesquisas. Não tenho essa vaidade, mas tenho o sonho de mudar o país.”
Segundo a última pesquisa Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando a disputa com 43% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar com 26%.
Mais atrás, aparecem os candidatos do Podemos, Sergio Moro, com 8%, do PDT, Ciro Gomes, com 6%, do PSDB, João Doria (PSDB), com 2%, do Avante, André Janones, com 2%, do MDB, Simone Tebet, com 1%, e do Novo, Felipe D’Ávila, também com 1%.
Moro mencionou que teve um jantar ontem com o presidente da União Brasil, Luciano Bivar, com quem discutiu a possibilidade de candidatura única.
“Ontem estive com o presidente da União Brasil. Semana passada estive com a Simone Tebet (MDB). Tenho conversas com outros expoentes que podem construir essa proposta. Eu lugar meu nome à disposição, mas esta vaidade de ser presidente da República, a gente quer mudar o país para melhor”, disse.
Nas redes sociais, depois do encontro, Moro afirmou que ele e Bivar reforçoam a necessidade de “um candidato do centro político democrático contra os extremos” . Disse, ainda, que o presidente da União “um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa” e os dois presidentes estarão juntos “de 2022 a 2026, pelo menos”.
Questionado sobre uma composição possível, na candidatura única, com Ciro Gomes, Moro afirmou que “o diálogo tem que ser feito em relação a todos os envolvidos nesse debate” e que os critérios para a definição dos nomes ainda serão definidos. Perguntado sobre uma união com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), no entanto, o ex-juiz mostrou animação.
Eduardo Leite é um grande quadro da política brasileira e esses exercícios são bem-vindos a somar — exercícios é bem na construção de uma candidatura única — afirmou.
De acordo com as pessoas que acompanham as conversas, o só deve seguir a partir de abril, o período da janela partidária.
Moro também comentou sobre a composição do ex-governador Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula. Para o ex-juiz, Alckmin é um “vice de fachada”, já que não muda a postura política e econômica de Lula.
“É um vice de fachada, que contraria, em suas declarações, tudo o que falou no passado. Como que ele, que se coloca agora como anti-Lula, denunciando a veemente a do PT de forma tão forte, como estar figura vice? Isso não implicou agora em uma mudança de discurso do principal componente da chapa, o Lula. A presença de um vice de fachada não muda o quadro. Tem que perguntar Al min, então ele pensa sobre como ele foi feito pelo Lula, pra ver a competência para seguir nessa chapa”, então ele pensa sobre como ele foi feito.
Também não apresenta nenhum evento, o general Santos Cruz não quis dar pistas sobre seu futuro político. Ele foi convidado por Moro para ser candidato ao governo do Rio, o que representaria um palanque importante para o ex-juiz. Houve também propostas para que Santos Cruz concorresse ao Senado no estado. Até o momento, no entanto, ele segue com seu domicílio eleitoral em Brasília, cidade onde mora. A troca teria que ser feita até o próximo sábado, 2 de abril, caso ele decidisse concorrer no Rio.
“Tem ainda três ou quatro dias, mas a tendência é em Brasília, mesmo. Vou deixar estourar o prazo.”
Troca na Petrobras
Moro criticou a demissão do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e disse que a troca “é uma cortina de fumaça para fingir que é verdadeira sendo feita alguma coisa quando, na verdade, não está sendo feito nada”. Ele questionou o motivo da decisão pelo presidente Jair Bolsonaro e chamou o movimento de “pirotecnia”. Se chegar ao governo ou ex-juiz planeja privatizar a Petrobras, assim como “todas as empresas estatais”, mas sem transformar o “monopólio público em um monopólio privado” de modo que existe concorrência no mercado.
“Como o presidente Bolsonaro não deu nenhuma informação sobre isso ou resposta, eu diria que essa troca não justifica e só gera instabilidade. A redução do preço dos crescimentos orgânicos passa por reformas mais gerais e econômico do Brasil com o controle da inflação.”
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: O Globo