O núcleo duro da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está formado, e terá como coordenadora-geral a presidente nacional da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
As funções de cada um foram definidas nesta semana. Alguns nomes confirmados já exercem esse papel dentro da pré-campanha do ex-presidente. É o caso dos ex-ministros Franklin Martins e Luiz Dulci, que seguem com a tarefa de cuidar, respectivamente, da comunicação e da agenda de Lula.
O ex-ministro Aloizio Mercadante, atual presidente da Fundação Perseu Abramo, será o responsável pelo programa de governo. A fundação já realizou uma série de discussões sobre vários temas e mantém reuniões regulares com um grupo de 86 economistas que já trabalham na elaboração de uma proposta.
Outro nome apontado no grupo é o de Márcio Macedo (PT-SE), ex-tesoureiro do PT Nacional. Ele é o nome desejado pelo ex-presidente para assumir a tesouraria da campanha.
Macedo, no entanto, ainda não confirma se assumirá a função, e espera resolver essa questão na próxima semana, depois de assumir sua vaga na Câmara e também de se reunir com integrantes do partido, em São Paulo. Mesmo sendo o nome de maior confiança de Lula para a função, no momento, o petista quer tentar se reeleger e, nesse caso, ficaria inviável assumir a tarefa de cuidar das finanças da campanha.
“Vamos falar sobre isso lá na frente, mas quem decide é Lula”, disse o deputado ao Metrópoles.
Interlocutores de Lula dizem que o ex-presidente não aceita muito a ideia de ter como tesoureiro, uma das tarefas mais difíceis da campanha, alguém que esteja disputando cargos.
Macedo passou a tomar conta da tesouraria do partido em 2015, quando João Vaccari Neto deixou a função após ser preso pela operação Lava Jato, sob suspeita de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras.
Em outubro do ano passado, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu anular ação penal que condenou Vaccari Neto a 6 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto. Ele havia sido condenado, em 2016 pelo então juiz Sergio Moro.
Segundo petistas próximos a Lula, Macedo caiu nas graças de Lula por sua atuação nesta fase crítica do partido. Além disso, o deputado sergipano também coordenou as caravanas de Lula pelo Nordeste.
Para a função de tesoureiro, neste ano, Lula não pode mais contar com José Di Fillipi, eleito prefeito de Diadema, município da região metrópolitana de São Paulo. Filippi foi tesoureiro da campanha de reeleição de Lula em 2016 e da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba