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Após China impor quarentena por surto de Covid em Shenzhen, fornecedora da Apple suspende operações na cidade

Um dia após a China impor uma quarentena no polo tecnológico de Shenzhen por causa do aumento de casos de Covid, fábricas anunciaram a suspensão de suas atividades na cidade de 17 milhões de habitantes, no Sul do país, nesta segunda-feira. Uma delas foi a taiwanesa Foxconn, uma das principais fornecedora da Apple.

Um dia após a China impor uma quarentena no polo tecnológico de Shenzhen por causa do aumento de casos de Covid, fábricas anunciaram a suspensão de suas atividades na cidade de 17 milhões de habitantes, no Sul do país, nesta segunda-feira. Uma delas foi a taiwanesa Foxconn, uma das principais fornecedora da Apple.

A empresa taiwanesa tem sua sede na China e sua maior fábrica do mundo em Shenzhen, empregando dezenas de milhares de pessoas. A empresa está suspendendo as operações e realocou a produção para outros locais a fim de reduzir o impacto da interrupção, segundo disse em comunicado. A Foxconn não especificou a duração da suspensão.

As medidas do governo chinês exigem que negócios não essenciais em Shenzhen sejam interrompidos até 20 de março.

Embora a paralisação possa afetar a produção de muitos dos dispositivos que a Foxconn fabrica para a Apple e outras marcas, a demanda por eletrônicos normalmente cai no primeiro trimestre de cada ano após o pico da temporada de festas.

Outras duas empresas taiwanesas a paralisarem suas operações em Shenzhen foram a Unimicron Technology Corporation — que é fornecedora da Apple e da Intel —, além da Sunflex Technology Co Ltd.

No domingo, após a cidade registrar 66 novos casos de coronavírus, as autoridades chinesas pediram aos 17 milhões de habitantes da Shenzhen, que também abriga as sedes das gigantes tecnológicas Huawei e Tencent, que permaneçam em casa.

Mesmo assim, o vice-secretário do governo da cidade, Huang Qiang, disse nesta segunda que a cidade enfrenta altos riscos de maior disseminação do vírus.

A China mantém uma política de “Covid zero”, sendo estrita com confinamentos, restrições de viagem e testes em massa quando são detectados focos de infecção. O país tem um número total de casos e mortes muito menor do que a maioria das nações, mas registrou mais casos locais de Covid até agora neste ano do que em todo o ano de 2021, em surtos causado pela variante Ômicron.

O país registrou 1.337 novos casos de Covid sintomáticos transmitidos internamente em 13 de março, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde. Isso elevou o total este ano para mais de 9 mil, em comparação com 8.378 em todo o ano de 2021, segundo cálculos da Reuters.

Mais de 30% dos casos de 2022 foram registrados na província de Jilin, no Nordeste do país, que está lutando para conter a rápida disseminação da subvariante Omicron BA.2 do coronavírus.

Jilin, cujo território equivale a dois de Portugal, anunciou que todos os seus 24,1 milhões de habitantes foram proibidos de viajar para fora ou entre diferentes áreas dentro da província. Aqueles que realmente precisam viajar devem notificar a polícia local e estarão sujeitos a entrar em quarentena ao retornar, de acordo com um comunicado do governo local.

Na província, ao menos cinco cidades estão em quarentena desde o início de março, entre elas o grande centro industrial de Changchun, onde nove milhões de habitantes estão bloqueados em suas casas desde sexta-feira.

Nesta segunda-feira, o grupo alemão Volkswagen anunciou que devido a um surto de Covid suspendeu a produção em três fábricas na cidade de Changchun até quarta-feira, incluindo duas fábricas das marcas VW e Audi, assim como um centro de produção de autopeças. As três fábricas são operadas em conjunto com o grupo chinês FAW.

Em Xangai, a cidade mais populosa da China, zonas residenciais foram confinadas, e as autoridades trabalham para evitar um confinamento geral.

Fonte: O Globo
Créditos: Polêmica Paraíba