Sobre o texto anterior, titulado “Parte III: é bom ou é ruim JP com 1,5 milhão de habitantes?!…”, disséramos ter recebido, sobre este tema, vários e-mails e mensagens de “whatsapp” e destacamos o que fora enfatizado pelo leitor Jamacyr Mendes através do questionamento que ele próprio fizera: – “Com o crescimento populacional certamente haverá o aumento no número de veículos automotores na mesma proporção – por onde circularão estes tantos e tantos novos veículos, se hoje nossas vias já estão estranguladas?”.
Face este questionamento, concluímos aquele texto lembrando quão importante é um estudo/trabalho conjunto da Prefeitura de João Pessoa com o Governo do Estado, tanto com vistas à preservação dos meios propiciadores de qualidade de vida aos pessoenses quanto à interiorização do desenvolvimento da Paraíba, interiorização esta que amenizaria a migração interior/litoral e, por óbvio, gera(ria) empregos e renda nos muitos outros municípios paraibanos!
Pois, bem! Da parte de nosso professor de sempre, Itapuan Bôtto Targino, imortal da Academia Paraibana de Letras e de cuja posse na Cadeira 36, em março de 2014, tivemos a honra de estar presente bem ao lado dele e do então vice-governador Rômulo Gouveia (sendo pertinente aqui também dizer que em um tempo mais atrás, anos 1965/1970, atuamos como seu Chefe de Gabinete na então ETFPB, ele como Diretor Executivo)… Pois, bem! Dele recebemos mensagem via “whatsapp” dizendo:
– “Tourinho, boa tarde! João Pessoa oferece a seus habitantes uma boa qualidade de vida. É uma das cidades que mais crescem no País. Tudo fruto de um planejamento sério. Houve continuidade nas boas ações governamentais. Se houver planejamento não haverá maiores problemas com o seu crescimento. Tivemos bons prefeitos. E temos agora Cícero, um bom administrador que ama a nossa cidade. Cordialmente, Itapuan”.
De igual modo recebemos e-mail de um outro renomado paraibano, de reconhecido e aplaudido saber no campo da economia, cujos artigos, até recentemente publicados no portal ParaibaOnline, alcançavam milhares de leitores: trata-se do economista Arlindo Pereira de Almeida, ou, simplesmente, Arlindo Almeida, que nos escreveu assim:
– “Prezado Mário, Acompanho seus escritos e o último deles mais me chamou a atenção por tratar de uma realidade paraibana, bola de neve que as gerações futuras terão que enfrentar. Anexo um opúsculo que escrevi em 2013, tratando de desigualdades regionais. Embora muita coisa já esteja ultrapassada, a ideia que permeia o trabalho permanece viva. Ou são instituídas políticas públicas que visem a correção das crescentes diferenças entre uma macro região abastada e o resto da Paraíba condenada ao atraso, ou todos pagarão um preço muito alto por esse descaso. Vale a pena ler o que disse Padre Lebret ao passar pelo Brasil. Ele participou da redação de documentos conciliares como Gaudium et Spes (Alegria e Esperança) e foi o inspirador da encíclica Populorum Progressio – ou Progresso dos Povos (1967) durante o pontificado de Paulo VI. Forte abraço! Continue sendo um Dom Quixote moderno! Muitos irão lhe ouvir e, quem sabe, alguma coisa possa ser feita para parar esse trem sem freios. Arlindo”.
Sobre os mestres Itapuan Bôtto Targino e Arlindo Almeida ainda há muito para mencionarmos, o que o faremos proximamente. Agora, porém, encerrando esta parte sobre tão impactante tema, cumpre repetir duas das tantas frases de autoria do Padre Lebret, nome lembrado por Arlindo: – 1) “Não é bom descobrir e percorrer sozinho uma picada, mas traçar e construir uma larga estrada para uso de todos”; 2) “O maior mal do mundo não é a pobreza dos desafortunados, mas a inconsciência dos privilegiados”.
Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba