eleições

"Você conhece alguém que não votou em Bolsonaro na última eleição, mas agora vai votar??"

-“Marculino”, esse povo nega ciência, você acha que não vai desacreditar pesquisa eleitoral em que o Mito deles aparece desidratando dia após dia?!?!

 

-“Marculino”, esse povo nega ciência, você acha que não vai desacreditar pesquisa eleitoral em que o Mito deles aparece desidratando dia após dia?!?!

Honestamente, não lembro se a mensagem foi de algum amigo, ou meu alter ego falando comigo. Sim, eu ouço vozes, but i don’t see dead people. Converso sozinho, principalmente sobre estes grandes dramas da vida. Da minha e da humanidade.

Mas voltando ao teor da mensagem…

(foco, Marcos, foco)

Lembro que um amigo (agora, desses de carne e osso mesmo, não imaginário), já impaciente com os eternos debates sobre o cenário eleitoral, deu um ultimato:

-Você conhece alguém que não votou em Bolsonaro na última eleição e agora anuncie que irá votar?

A mensagem reveladora veio em meio a oscilações de otimismo aqui, sobre o povo ter caído na real e dúvidas logo ali, quanto a firmeza desta rejeição ao dito cujo.

Mas, de tão oportuna, a estendo aos amigos bolsonaristas e além:

Quem do seu círculo de relações próximas rejeitou Bolsonaro, mas agora apoiará sua reeleição??

-Ah, lá vai você insistir nesta missão inglória de convencer bolsonarista a alguma coisa!!

Manifesta já se exaltando meu alter ego, ou amigo, sei lá…

Penso e, rapidamente, admito minha (quase) inabalável mania de manter o otimismo e acreditar que até um bolsonarista convicto, hoje, após 3 anos desta tragédia, acidente histórico, pode ser resgatado.

Logo sou subjugado pela realidade e traído pelos meus próprios pensamentos e instintos.

Não dá mesmo para alimentar esperança, fé em redenção desta turma

Pelo menos exercito a lição de um sábio professor de outrora (que não me recordo quem, onde, nem em qual circunstância, mas o que vale é a absorção da mensagem e aplicação na prática, né?)

Pois bem, dizia ele que, em um debate de idéias globais, com interesses mais genéricos, mesmo com alguém radical, obtuso, superficial, vale o confronto quando há amplitude de alcance. Em resumo, mais que convencer seu oponente da superioridade do seu argumento, você cristaliza nos outros “espectadores” a crença de equívoco do outro lado, cria neles o instinto de refutar aquele sistema de pensamento extremo e vago.

Traduzindo: você dá um tiro (meramente metafórico, sem arminha, por favor) em um alvo e acerta outros, por tabela.

Voltando ao teor aqui do rascunho…

(Mais foco)

Se um presidente eleito, empossado, com a caneta e poder em mãos, é incapaz de aglutinar novos simpatizantes, admiradores é a prova cabal de sua total inaptidão, despreparo, inabilidade para a função.

Mais que isso, Bolsonaro é, na prática, aquele que responderá por crimes contra a ocupando a missão mais importante da nação, mas disso já falamos à exaustão…

Vamos nos manter no temor, receio de muitos de que há alguma possibilidade do cidadão virar o jogo.

Não tenho poder premonitório, nem trabalho com futurologia, mas é muito improvável isso acontecer pelo caminho natural do voto, sem a manipulação total do jogo.

E não falo de fuga de debates, comoção pós facada…

O clã Bolsonaro vai precisar de mais, bem mais do que apelo a sentimentalismos, artifícios baratos, fantasma comunista, retórica non sense etc e tal.

Tampouco a idéia familiar ainda é apenas “um soldado e um cabo” para fechar o STF.

Cientes da missão quase impossível de vitória democrática, já apelaram a teses fantasiosas sobre urna eletrônica e nem disfarçam, sequer usam entrelinhas, para ameaçar o golpe que vicejam caso tenham o menor espaço para isso.

Os exércitos de milicianos e militantes estão a postos.

Só faltou combinarem com um agente ativo do processo.

O povo tem fome e “com a barriga vazia não consegue dormir”.

Bolsonaro é apenas a amostra mais visível e atraente (creia) da débil direita brasileira.

Incapaz de ter outro quadro com alguma densidade…

-E Moro??

Dispara o ingênuo sentado na mureta, bem ali, em cima do muro, literalmente.

Aquele que já foi herói, eleito pela mídia nacional e encampado por parte do povo.

O juiz que negociava e conduzia previamente sentença. Aquele que, na prática, negociou uma eleição nacional e foi devidamente contemplado por isso com um Ministério

O magistrado que teve todas as suas decisões anuladas pela Suprema Corte nacional por vício no processo e irregularidades diversas.

Brasileiro adora uma topada…

Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Polêmica Paraíba