A presidente do PTB, Graciela Nienov, está decidida a não renunciar ao cargo, apesar da cobrança de seu padrinho político e antecessor, Roberto Jefferson. Nienov tem repetido que não fará movimento algum para deixar o comando da legenda. Desde o fim de semana, quando bolsonaristas acusaram Nienov de deslealdade a Jefferson, o presidente de honra pediu a demissão de Nienov e o partido abriu uma guerra pública.
Em poucos dias, a contenda já incluiu desaforos no grupo da sigla no WhatsApp, um boletim de ocorrência por ameaça e um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma reintegração de posse na sede do partido.
O PTB tinha planos grandiosos para 2022. Com Roberto Jefferson trocando o presídio de Bangu 8 por uma prisão domiciliar e atenuando os ataques ao Supremo, a sigla vinha amealhando apoio político por meio de Graciela Nienov, com um perfil mais moderado.
No início de janeiro, Graciela Nienov foi recebida por Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto e selou o apoio ao presidente na eleição. Nos dias seguintes, Nienov esteve com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sigla de Bolsonaro, e Ciro Nogueira, comandante do PP, mais uma sigla alinhada a Bolsonaro. Outra figura bolsonarista que encontrou Nienov recentemente foi a ministra Damares Alves, que deixou no ar se havia aceitado o convite para se filiar ao PTB.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba