Paternidade de obras gera polêmica em Campina

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A ‘disputa’ pela responsabilidade sobre as obras do governo municipal de Campina Grande, em andamento na atual gestão, está gerando mais uma polêmica entre o atual prefeito Romero Rodrigues (PSDB) e seu antecessor, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB). Durante a solenidade de entrega de 58 casas populares, ontem no bairro do Novo Cruzeiro, Romero afirmou que vai evitar ‘bater boca’ com Veneziano e garantiu que não vai governar ‘preso ao passado’.

A polêmica começou com as declarações do ex-prefeito Veneziano reivindicando a autoria de todas as obras que forem realizadas por Romero no futuro. “Toda e qualquer obra entregue em Campina Grande até o final de 2013 terá a marca da nossa gestão e terão sido fruto do nosso trabalho”, desafiou o peemedebista. Veneziano acusou a atual gestão de promover uma campanha difamatória contra ele. “A nova administração chega sem ter o que fazer e só faz olhar para trás. Estou sofrendo de desconstrução de imagem”, disse.

Ao comentar pela primeira vez as declarações, Romero afirmou que vai manter o foco na administração e garantir que as ‘brigas’ com o grupo político de Veneziano é coisa do passado. “Vou olhar para a frente, para o futuro. Estou me dedicando, trabalhando, e vou continuar assim até o final do meu mandato, cumprindo e honrando a confiança da cidade. O passado já passou”, respondeu.

Romero criticou, ainda, a postura adotada por gestores que disputam a ‘paternidade’ de obras públicas e defendeu que as disputas políticas não atrapalhem as ações do governo. “Não vou estar batendo boca e nem nesse ‘disse me disse’ com Veneziano. Então para mim eu dou o assunto por encerrado”, garantiu o prefeito ao afirmar que não vai ‘cair em provocações’ e nem ‘perder tempo brigando com ninguém’.

OBRAS ATRASADAS
Enquanto Romero adotou uma postura defensiva diante das declarações de Veneziano, o vereador governista Bruno Cunha Lima (PSDB) partiu para o ataque.

O parlamentar acusou o ex-prefeito de retardar a entrega de obras, com fins eleitoreiros. Segundo ele, há casas prontas há seis anos que ainda não foram entregues e que, a cada dois anos, Veneziano fazia promessa de entregar essas obras à população. “Isso mostra um interesse escuso de uso eleitoreiro”, frisou o vereador Bruno Cunha Lima.