Investigação

PF conclui que Bolsonaro cometeu crime ao vazar investigação em live, mas não indicia presidente

A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao vazar informações sigilosas de uma investigação do órgão que apura um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O fato aconteceu em agosto de 2021.

No entanto, a Polícia não indiciou o presidente, justificando que ele tem foro privilegiado. O órgão também comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encerrou sua participação no caso.

Na ocasião, Bolsonaro realizava uma de suas tradicionais lives, quando mencionou dados sigilosos de uma investigação da PF sobre os ataques ao TSE. Bolsonaro estava acompanhado do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que também não foi indiciado, também por ter foro privilegiado. Segundo a PF, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens da Presidência da República, também participou do vazamento.

“O inquérito policial mencionado continha diligências investigativas sigilosas em andamento e que não deveriam ter sido publicizadas a particulares, pois estavam relacionadas à apuração em curso”, disse a Polícia Federal.

A polícia disse ainda que a divulgação dos dados sigilosos teve repercussões “danosas” para a administração pública e que foi usada para dar “lastro” a informações “sabidamente falsas”. Na live em questão, Bolsonaro questionava a efetividade e segurança das urnas eletrônicas.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba