Apesar das promessas de que vão caminhar juntos nas eleições deste ano, os dirigentes de PT, PSB e PCdoB se reuniram nesta quinta-feira para tentar desatar um dos principais nós que ainda travam a aliança, a eleição em Pernambuco. Após mais de duas horas de conversas, eles saíram do encontro como entraram, sem acordo.
A única definição diz respeito a prazo. O governador do estado, Paulo Câmara (PSB) em tese, a quem caberá escolher o nome do pré-candidato do grupo à sua sucessão prometeu fazê-lo na semana que vem. Três correligionários despontam como favoritos: os deputados federais Danilo Cabral (PSB) e Tadeu Alencar (PSB), além do secretário da Casa Civil pernambucana, José Neto (PSB).
Em meio à indefinição, o PT deu uma cartada em favor do senador petista Humberto Costa, que lançou sua pré-candidatura ao governo em dezembro. Embora recentemente os caciques do partido venham sinalizando aos aliados disposição de apoiar o nome escolhido pelo PSB em Pernambuco, o PT encomendou e pretende divulgar pesquisas que mostrariam Costa muito à frente dos deputados Cabral e Alencar na disputa. Ao fim, porém, é pouco provável que o PT indique o cabeça da chapa.
O levantamento ainda aponta como favorita na corrida ao Senado pelo estado a deputada federal Marília Arraes (PT), que na última eleição municipal rivalizou com o primo, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e por isso sofre resistência em alas do partido socialista.
“A reunião foi tranquila, mas não houve consenso “resumiu Humberto Costa, que acrescentou: “Não é interesse do PT fazer uma ruptura, mas entendemos que a minha candidatura é legítima pela minha história e posição nas pesquisas”.
A questão de Pernambuco compõe um conjunto de divergências entre PT e PSB, que estão em plenas negociações para a formação de uma federação, instrumento pelo qual partidos se comprometem a atuar juntos, como se fossem uma mesma legenda, por pelo menos quatro anos.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba