Opinião

Constatação que apavora: a sociedade está doente - por Rui Leitão

Uma constatação que apavora: a sociedade está doente, física, mental, emocional, ética e espiritualmente. As pessoas colocadas em “cercadinhos ideológicos”, entre “nós” e “eles”, a cidadania e a marginalização.

Uma constatação que apavora: a sociedade está doente, física, mental, emocional, ética e espiritualmente. As pessoas colocadas em “cercadinhos ideológicos”, entre “nós” e “eles”, a cidadania e a marginalização. Estamos ficando cada vez mais intolerantes, odientos e insensíveis. Assistimos com naturalidade, pessoas que se dizem “cidadãos de bem” aplaudindo a violência, festejando a desgraça alheia, negando a ciência, assumindo irresponsavelmente posturas punitivas, banalizando a criminalização. Somos incomodados por um vazio existencial que nos torna reféns de reações emocionais coletivas. Perdemos a individualidade. Estamos vivendo tempos obscuros, vagando sem rumo no presente, tal e qual um cego em busca da porta de saída.

A luta maior é pelo dinheiro fácil. Elegemos como prioridades na vida, “posição e status”. Está faltando amor no coração humano. Chegamos à conclusão de que o inimigo do homem é ele mesmo. E presenciamos a barbárie, calados, inertes, passivos, embora angustiados com a crise moral, ética, política e institucional que assola nosso país. Esse comportamento é resultado do esquecimento de nosso passado escravocrata, elitista e segregacionista. Somos uma sociedade conivente com a psicopatia de algumas lideranças.

Como recuperarmos o “eu perdido” que está se internalizando em cada um de nós? Evitando que mentiras soem como verdades. Não tendo medo de assumirmos as rédeas da nossa própria vida. Adotando a fraternidade como regra comportamental. Repensando nossas atitudes, ideias e ideais. Exercitando o respeito e resgatando valores. Afinal de contas o reflexo da sociedade somos nós mesmos.

Não aceitemos ser mais um louco nesse mundo insano em que a sociedade está se transformando, incapazes de nos indignarmos e de interferirmos na realidade que nos assusta. Ou vamos continuar regredindo ao tempo do “homem das cavernas”? Permaneceremos destruindo o planeta em que vivemos, devastando matas e agredindo o meio ambiente, sendo nossos próprios predadores? O ódio e a intolerância são disseminados pela mídia, Que se coloque luz onde haja involução. Não nos permitamos regredir, ao invés de progredir. Não percamos a essência e o real sentido da vida. Reconstruamos uma sociedade de paz e justiça social.

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão