Desafios no caminho: deputados que enfrentam riscos no projeto de reeleição para ALPB

Assim como a atual conjuntura política pode favorecer figuras políticas com mandato, pelo recall que detém junto ao eleitorado, ou até mesmo pela construção de suas bases eleitorais e da atuação em pautas que garantem votos e adesão popular, por outro lado, tendem a ser difíceis para alguns velhos conhecidos do eleitorado.

Inúmeros são os fatores que devem ser levados em conta: desgaste da classe política perante o eleitorado, as novas regras eleitorais, o surgimento de modalidades como as federações partidárias, as fontes de recursos para a campanha e o cenário próprio do atual contexto de polarização, que requer posições mais claras e às vezes extremas.

Na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), alguns deputados podem passar pelo dissabor de enfrentar este desafio, seja por um desses fatores ou pela soma deles. Outra questão, é a posição a ser adotada por seus partidos perante as conjunturas locais, a exemplo de Raniery Paulino. Com ficará o parlamentar em eventual disputa, caso o MDB de fato rompa com João Azevêdo (Cidadania), de quem ele é aliado? O deputado terá fôlego para uma nova reeleição?

Também deve pesar, a estrutura financeira das legendas: o PSDB terá força e recursos para bancar Camila Toscano e Tovar Correia Lima, para citar mais dois exemplos? Como ficará a sigla em meio à polarização que hoje ocorre a nível nacional e se reflete na Paraíba entre lulistas e bolsonaristas?

A deputada Cida Ramos, por exemplo, citada na Operação Calvário, também tende a enfrentar dificuldades, embora reitere que é inocente de todas as acusações. Ela foi a mais votada para o legislativo na última eleição, mas dificilmente repetirá o feito na atual e nova conjuntura.