A escalada de novos casos da Covid-19 neste início de ano ampliou a pressão sobre os hospitais e fez com que quatro estados atingissem o patamar acima de 80% na ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O cenário é parecido ao registrado em julho de 2021, quando a segunda onda de Covid-19 começava a refluir no país.
Ceará e Goiás são os estados com maior pressão no sistema de saúde pública e registraram uma ocupação de 87% dos leitos para pacientes graves. Na sequência, aparecem Pernambuco com 86% e Espírito Santo com 80%.
Em Pernambuco, o governo tem anunciado a abertura de novos leitos para pacientes com síndrome respiratória aguda grave para atenuar o novo pico de influenza e de Covid-19. Com 952 leitos, o estado registrava uma fila de espera de sete pacientes nesta segunda (17).
A explosão de casos de Covid também se reflete na testagem. Em duas semanas, o percentual de pessoas que fizeram o teste e tiveram a doença detectada saiu de 3% para 23%.
No estado de São Paulo, a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid alcançou 54% nesta segunda (17), com tendência de alta. O índice de ocupação era de 39% em 10 de janeiro e de 25% no primeiro dia do ano.
Na capital, o cenário é mais preocupante, com uma ocupação de 69% dos leitos para pacientes graves com Covid-19.
“A última vez que a capital paulista havia registrado uma taxa de ocupação de UTI de 69% foi no final de junho de 2021, cenário em que não tínhamos ainda grande parte da população vacinada com o esquema completo”, lembra Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp.
“Embora menos letal que as demais variantes, a ômicron tem um ritmo de contágio sem precedentes, levando a um ‘tsunami’ de pessoas infectadas em um curto intervalo de tempo. Em números, isso se traduz em um grande volume de pessoas diariamente à procura de leitos hospitalares, causando sobrecarga no sistema de saúde”, diz Casaca.
Fonte: Yahoo
Créditos: Polêmica Paraíba