Ariamatea Souza

Coadjuvante

O senador Cássio declinou da indicação da bancada tucana para que assumisse a liderança a partir deste mês. Em decisão colegiada tomada ontem, ele abdicou para o paulista Aloisio Nunes Ferreira, ex-ministro de FHC. “Foi um gesto de unidade e de fortalecimento da bancada e do partido”, justificou. CCL ficou como vice-líder.

Resposta

A respeito de comentário neste espaço, no último domingo, o ex-prefeito Veneziano remeteu uma carta à Coluna, que segue topicamente.

Desagregador

“Nem de longe eu usaria com o amigo os termos que usou comigo, mesmo tendo carradas de razões para tal, em diversas oportunidades. Poderia, por exemplo, ter dito que usa comentários ou publica fatos em “construção retórica desplugada da realidade” ou que tem postura de “indisfarçável arrogância”, ao lembrar, por exemplo, que por pura maldade publicou que não estive presente na festa de minha sobrinha Carol, filha de Vitalzinho, o que não é verdade, apenas para tentar criar desunião e/ou desarmonia entre nós.

Pequeno

“É de uma pequenez sem precedentes. Até mesmo quando recebeu a informação correta não teve a altivez de publicar o erro cometido, preferindo usar uma notinha que ainda deixou dúvidas. Lamentável.

Tem dinheiro

“Não é verdade que contabilizei como dinheiro em caixa os R$ 105 milhões que deixamos muito bem encaminhados para a atual gestão. São recursos que garantirão a continuidade das obras que iniciamos e para iniciar aquelas que foram anunciadas, mas que não puderam ser iniciadas.

Paradeiro

“É certo que muitos dos convênios que compõem esta soma ou já estão disponíveis na Caixa Econômica Federal ou são recursos empenhados e próximos da liberação.

Orçamento

“O fato de termos deixado a Prefeitura com um orçamento próximo de R$ 1 bilhão diz muito. É só lembrar que, quando assumimos, o orçamento girava em torno de R$ 170 milhões. Lembra que herdamos uma dívida de R$ 280 milhões? Isso, sim, é dizer que recebeu uma Prefeitura com rombo financeiro.

Reafirmação

“Finalizo dizendo que, sim, as obras que serão inauguradas pela gestão atual têm a nossa participação. Então, me aponte uma grande obra que esteja prevista para este ano que não tenha ou a nossa participação ou da deputada Nilda Gondim ou do senador Vital do Rêgo…

Cheques

“Deixamos nas contas da PMCG recursos suficientes para cobrir cheques emitidos e também para efetuar os pagamentos de salários remanescentes, mas a atual gestão determinou o cancelamento dos pagamentos e/ou optou por não pagar os servidores que ainda não haviam recebido seus salários, talvez para criar o clima de que não havíamos cumprido com os compromissos salariais de servidores.

Caixa

“Deixamos em caixa aproximadamente RS 1 milhão para que o atual prefeito pudesse quitar os salários remanescentes dos poucos servidores que não receberam em dezembro. No total, deixamos para o novo Prefeito algo em torno de R$ 30 milhões em recursos depositados na conta da Prefeitura.

Reconhecimento

“Ser humilde, caro Ari, também é reconhecer o que as outras pessoas fazem. E isso vale para quem você imaginar (…) Deixamos a Prefeitura com a certeza do dever cumprido”.

Resgate

A Coluna fez o comentário que desencadeou o exercício retórico acima reproduzido com base numa frase: “NENHUMA obra que Romero vier a fazer em 2013 será feita sem que esteja a presença de Veneziano como o seu realizador”. Achei a fala infeliz e arrogante. O leitor decide.

Sem polemizar

Por inúmeras razões não me apetece qualquer interesse de polemizar com o ex-prefeito, ainda mais num dia de saudade como é a passagem do 3º aniversário de morte de seu pai e meu inesquecível amigo Vital do Rêgo.

Em tempo

Mas até por respeito e apreço à figura do seu pai, obrigo-me a responder sumariamente ao 1º parágrafo de sua carta. Efetivamente pensar ou estar consciente do que escreveu é um típico caso de desmemória ou ingratidão.

Equilíbrio

Na missa em ação de graças pela posse da desembargadora Maria de Fátima Bezerra na presidência do Tribunal de Justiça, ontem, o arcebispo Dom Aldo Pagotto lembrou em sua homilia que ela deve ter como missão o “equilíbrio de dar sentenças justas”.

Se tiver que escolher

A desembargadora foi às lágrimas quando leu a carta que o seu pai, Antônio Waldir Bezerra Cavalcanti, lhe dirigiu quando ela assumiu o cargo de Juíza na Comarca de Pilões, em 1985. – A boa juíza não é a que alardeia e se afana, mas a que recebe o trabalho, no seu gabinete, com afinco. Não terás como companheiro de trabalho o comodismo. Escolhe como companheiro o Direito, a Lei e a Justiça. E se tiveres que decidir entre o Direito e a Justiça, opta sempre pela Justiça – aconselhou o pai.

“Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar” (Abraham Lincoln, ex-presidente americano)…