Embarcamos no micro período eleitoral, e sua contagem regressiva dos 260 dias para realização do primeiro turno das eleições 2022. Candidatos a governador têm que botar o pé na estrada, para visitarem – pelo menos uma vez – os 223 municípios do Estado. Tarefa itinerante de João Azevedo desde 2016, que vem percorrendo os quatro cantos da Paraíba. Em Palácio, portas abertas para lideranças, atuais e ex-prefeitos.
Na última sexta-feira (07.01.2022) um homem mau, petista José Dirceu – lobo voraz de gula insaciável pelo erário público – esteve arquitetando uma chapa de oposição na Paraíba, liderada por Veneziano Vital do Rêgo (MDB), irmãos Cartaxo (Luciano e Lucélio) e a filha da atual vice-governadora, que é candidata ao governo pelo PDT (?). Movimento excêntrico, desconectado com a realidade, órfão de apoio popular.
Ex-ministro Sérgio Moro, que também circulava pela Paraíba buscando seguidores para fortalecer sua postulação “presidenciável”, comentou sobre a presença de “Daniel” ou “Zé Bituca”, passeando nas praias da Capital: “fruto da impunidade reinante no país”.
A arte da política é semelhante à guerra. Quem motiva tropas são os bons generais. O herói mais “condecorado” das esquerdas paraibanas, que se “voluntariou” neste malogrado Exército da oposição, ainda é o ex-governador Ricardo Coutinho. Por que não está à sua frente? Coutinho derrotou Cássio Cunha Lima (2014) no segundo turno, com 1.125.956 votos. Recorde até hoje não superado.
Mesmo vencendo no primeiro turno em 2018, João Azevedo obteve 1.119.758 sufrágios. Só três lideranças políticas paraibanas, até o presente, conseguiram ultrapassar a barreira de um milhão de votos. Ricardo Coutinho (duas vezes), João Azevedo em 2018 e Cássio Cunha Lima quatro vezes: reeleição em 2006, eleição para o Senado em 2010; primeiro e segundo turno de 2014.
Se Veneziano conseguir a proeza de repetir sua votação para o Senado em 2018 (844.786) e João Azevedo conservar o resultado conquistado há quatro anos (1.119.758), sua maioria sobre Veneziano será de 274.972 sufrágios. Os números refletem realidade insofismável. Nas disputas para o Senado Federal, só Cássio Cunha Lima, no distante 2010, quebrou a barreira de mais de um milhão de votos. Onde Veneziano irá buscar esta diferença que o separa de João Azevedo desde 2018?
Contra fatos…
As eleições majoritárias (2022) na Paraíba se restringirão a disputa pela vaga no Senado Federal. Tem quatro postulantes até o momento. O retrógrado Luís Couto – com o discurso “Fidelista” dos anos 60 em defesa da usurpação de terras produtivas – na intenção de depredar o vitorioso Agronegócio brasileiro; Efraim Filho, que busca subir na “garupa” do cavalo de João Azevedo; Aguinaldo Ribeiro desconfortado por pertencer à legenda do presidente Bolsonaro, razões que o põe em rota de colisão com projeto de reeleição do governador.
A surpresa será Raimundo Lira, candidato de Gilberto Kassab e que dispõe de grande estrutura financeira. É sabedor do custo de uma eleição para o Senado e, se não estiver “blefando”, será eleito em 02/10/2022. Nos seus curtos recados tem mostrado que seu foco é o Senado Federal. Não se envolve nas questões ideológicas, e vai procurar votos na esquerda, direita, centro; extremos…Resta saber o destino de seu companheiro de legenda Romero Rodrigues, que continua na infausta busca pela milagrosa receita de se fazer omeletes sem quebrar os ovos. Para vencer em 2022, quer seja Senado ou Governo do Estado, o candidato tem que sair das urnas com mais de um milhão de votos.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba