Assumindo um primeiro mandato eletivo em um cenário de recessão econômica, turbulência política nacional, ruptura de aliados logo no início do mandato, maior pandemia mundial em um século…
Este foi o panorama encontrado pelo governador da Paraíba, João Azevedo, somando-se ao quadro um olhar cético de especialistas, políticos veteranos e parte da sociedade, dada uma hipotética inexperiência do gestor.
Passado mais de 75% do seu primeiro mandato, o governador jogou a desconfiança para longe, pacificou divergências, harmonizou poderes e, surpreendentemente, aos desconfiados, faz um governo quase sem sobressaltos. Eu disse, quase, porque isso é política.
A Paraíba, em vários critérios de análise, aparece dentre os estados com melhor condução na pandemia. Na própria cobertura em saúde, o estado paraibano nunca esteve sequer ameaçado de colapsar o sistema, com filas de espera, caos no fornecimento de insumos básicos para UTI, como registrado em outros estados.
Foi pioneiro em distribuir máscaras a população, implantou programas inéditos como fornecimento de quase 50 mil refeições diárias em 83 municípios, bolsa assistencial a órfãos da pandemia etc.
Além do destaque nacional com aulas remotas a distribuição de mais de 200 mil chips de telefonia a alunos e professores.
A maior geração de empregos a maior crescimento do PIB em 2021, dentre outras conquistas
Ainda assim, frequentemente, é alvo de olhar reprovador de um núcleo da esquerda local que se arvora a única representação socialista na Paraíba. Mesmo João Azevedo garantindo que o seu governo manteve, quando não, ampliou todos os programas de inclusão implantados anteriormente, além de criar outros, como o já citado “Tá na Mesa”, gestado para garantir segurança alimentar aos paraibanos.
O próprio João elenca o caráter inclusivo como a maior marca do seu governo. Para isso se baseia em ações como o “Opera Paraíba”, que acabou com a fila da morte, que praticamente condenava 12 mil paraibanos a uma espera sem fim por cirurgias eletivas, alguns casos com até 15 anos sem solução.
Por inclusão ele destaca também a política de ressocialização aplicada na Paraíba, o estado com maior número de apenados aprovados no Sisu, por exemplo.
Tudo somado a manutenção de grandes obras estruturantes no ramo viário, hospitalar, segurança hídrica etc.
Com este portfólio, João Azevedo deixou pra trás o clima de incerteza baseado na dúvida sobre sua capacidade de assumir e gerir o Estado, chegando ao ano eleitoral como favoritíssimo a reeleição, enquanto a oposição, “a esta altura do campeonato”, ainda claudica na tentativa de achar um nome com alguma densidade.
João observa a tudo isso parcimonioso. Impassível a pressões externas, demonstra, com habilidade tática, a sabedoria de esperar, mostrando aos incrédulos, que, além de gestor, também é muito mais estrategista do que supunham…
Mais cascudo, o governador também já se arrisca a partir para a contra-ofensiva à artilharia pesada que vem recebendo de movimentos da segurança pública, inflamados por fogo político. O próprio culpa opositores pela situação salarial atual da categoria e atribui os ataques ao clima de politização pela proximidade do período eleitoral. Além disso, demonstra plena confiança na resolução do impasse com a categoria em reunião, já agora, nesta terça-feira, 04 de janeiro.
É sobre tudo isso e um pouco mais que trata o podcast especial com o governador João Azevedo, baseado em uma entrevista exclusiva da Empresa Paraibana de Comunicação com o gestor.
Na ocasião estive acompanhado dos colegas Ricardo Farias e Petrônio Torres, além dos gestores da EPC, os diretores Willian Costa e Rui Leitão, além da presidente Naná Garcez.
Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Polêmica Paraíba