Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta terça-feira (28), a paraibana Luiza Erundina (PSOL), deputada federal por São Paulo, avaliou que a oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se concentrar em apoio ao ex-presidente Lula (PT) para as eleições de 2022.
No entanto, Erundina fez uma ressalva. Não é benéfico para o grupo fazer alianças “a qualquer custo”, em referência aos rumores de que Lula poderia se aliar ao ex-governador de São Paulo e histórico opositor, Geraldo Alckmin (sem partido).
“Não pode ser a qualquer preço [aliança]. Não pode ser a preço de conciliações que não permitirão que se façam as reformas de que o país precisa. Precisamos recuperar aquilo que se perdeu ao longo de três anos de Bolsonaro. A busca de governabilidade não pode levar a conciliações que não servem para construir um outro país”, falou.
Sobre Alckmin, a paraibana disse que não tem nada contra a sua pessoa, mas lembrou que o ex-governador passou a sua trajetória política no PSDB, criticando o partido.
“Não tenho nada contra a pessoa do ex-governador [Alckmin], mas o partido do qual ele fez parte a vida inteira é conciliador de primeiríssima hora. Todo governo, seja qual for, tem tucano nele. Lembremos que Doria apoiou o Bolsonaro. O modelo histórico do PSDB é de governos privatistas, neoliberais, de Estado mínimo e que subordinam o Legislativo”, opinou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba