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RETROSPECTIVA 2021: Delta, Gama e Ômicron; relembre a evolução das variantes da covid-19 no Brasil

Desde o surgimento dos primeiros relatos de casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, associado à pandêmica síndrome de Covid-19, em território brasileiro já em fevereiro de 2020, o país progrediu descontroladamente para se tornar um dos epicentros mundiais de morbidade e mortalidade por essa doença. Em alguns momentos apresentando números exorbitantes, incluindo acima de 3000 mortes diárias durante a “segunda onda” de infecções, e acumulando atualmente mais de 21 milhões de casos confirmados e acima de 590.000 mortes associadas à infecção de SARS-CoV-2.

Em 2021, a Organização Mundial da Saúde declarou três cepas como “variantes de preocupação”, determinadas a partir do aumento da gravidade, transmissibilidade, redução da resposta imunológica e mudanças na estrutura genética do vírus: a gama, a delta e a ômicron.

Também foram identificadas duas “variantes de interesse”, menos infecciosas que as demais, mas em monitoramento pelos organismos de saúde. A variante Lambda (C.37), identificada em julho no Peru, e Mu (B.1.621), com primeiro contágio em setembro na Colômbia.

Confira abaixo, as diferenças e perigos das duas principais variantes registradas esse ano:

Delta

A delta (B.1.617.2) foi identificada em outubro de 2020 na Índia e considerada variante de preocupação em maio de 2021 pela OMS.

Com oito mutações na proteína S (spike) – que conecta o vírus às células – a delta é até 50% mais contagiosa que a cepa original do vírus. Além disso, é capaz de driblar a resposta imune de algumas vacinas que se baseiam no princípio de RNA mensageiro, como as fórmulas da Pfizer e Moderna. Por isso, rapidamente tornou-se predominante no Brasil e no mundo.

Os principais sintomas são coriza, dor de cabeça, espirros, dor de garganta, tosse persistente e febre, também de acordo com o Butantan.

Ômicron

A última cepa identificada do vírus possui cerca de 50 alterações no padrão genético – o maior número já identificado -, sendo 32 mutações na proteína S, o que fez com que em apenas duas semanas do seu reconhecimento, a OMS a declarasse como variante de preocupação.

“Existem agora evidências consistentes de que a ômicron está se espalhando significativamente mais rápido do que a variante delta. E é mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas do covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas”, disse o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus em coletiva de imprensa na última segunda-feira (20).

Em menos de um mês, a ômicron tornou-se a cepa predominante no Reino Unido e nos Estados Unidos. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, 73% dos novos contágios em nível nacional são da ômicron.

As infecções causadas pela variante ômicron parecem ser tão graves quanto as infecções da delta, e ela é até cinco vezes mais contagiosa, de acordo com os primeiros estudos do Imperial College London.

Para vacinas disponíveis no Reino Unido (AstraZeneca-Oxford), a resposta imunológica contra a infecção sintomática de ômicron variou de 0% a 20% após duas doses e de 55% a 80% após uma dose de reforço.

 

 

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba