Em entrevista ao jornal português Diário de Notícias, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata do MDB à Presidência da República, disse que “ninguém imaginava” que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “poderia namorar com o autoritarismo, ameaçar as instituições democráticas, tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias” e fazer “uma gestão tão ruim”.
A congressista classificou Bolsonaro como o “pior presidente da história do Brasil” e sinalizou para investidores estrangeiros e nacionais que eles precisam acreditar que o sucessor de Bolsonaro terá “respeito às instituições democráticas, não ameaçará a democracia” e terá o compromisso de “acabar com a fome e diminuir a desigualdade social, com a geração imediata de novos postos de trabalho”.
As declarações de Tebet repercutiram nas redes sociais. Ela foi alvo de críticas por dizer que não conhecia a personalidade e as características políticas do atual mandatário, que foi deputado por mais de 20 anos no Congresso Nacional.
Fama de vice
Única mulher a ter o nome lançado para a corrida presidencial de 2022, a senadora tenta escapar da fama de “vice ideal”, apesar de seu nome aparecer sem projeção nacional nas pesquisas de intenção de votos publicadas até o momento.
Ele negou que haja conversas neste momento para que ela figure como vice em uma eventual chapa a ser formada dentro do autodenominado “centro democrático”, mais conhecido como “terceira via”. “Não há negociação para ser vice na lista de quem quer que seja”, declarou.
A senadora apontou, porém, que as candidaturas desse campo devem se aglutinar em março ou abril. “Estamos num momento da pré-campanha em que ainda temos uma avenida larga para a terceira via”, disse. “Lá por março ou abril conversaremos para definir um amplo acordo democrático que viabilize a terceira via na segunda volta.”
Destaque na CPI
O lançamento do nome de Tebet pelo MDB ocorreu após o destaque conseguido pela senadora por sua atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que funcionou no Senado e onde ela conseguiu assunto como representante da bancada feminina.
Ela no entanto, na entrevista, rechaçou a ideia de que sua projeção se deu a partir da CPI. “Já faz um ano que o MDB me sonda, por toda a minha trajetória, e não apenas pela minha atuação nessa CPI”, pontuou.
“Eu fui presidente da comissão mais importante do Congresso Nacional, que é a Comissão de Constituição e Justiça, e fui líder da maior bancada no Senado. Hoje sou a primeira líder da bancada feminina no Senado”, defendeu.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba