O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deu uma trégua em suas redes sociais a alvos como China e Cuba. O desafeto da vez é Gabriel Boric, recém-eleito presidente do Chile e líder de uma coalizão de esquerda que derrotou nas urnas José Antonio Kast, candidato da extrema-direita.
Desde quarta-feira (22), Eduardo publicou mensagens em sequência com críticas a Boric -os textos que também fazem referência ao venezuelano Nicolás Maduro.
Em uma das postagens, o parlamentar brasileiro escreve em espanhol e manda uma “resposta” ao Clarín, um dos principais jornais argentinos, que publicou reportagem sobre as críticas do filho de Bolsonaro ao novo mandatário chileno.
Nas redes, bolsonaristas têm interpretado a vitória de Boric no Chile como mais um avanço de líderes de esquerda e de centro-esquerda na América Latina, como um todo.
O clima de “alerta” entre aliados mais fiéis ao presidente, apoiadores e entusiastas conservadores repete um movimento que já havia sido observado em 2019, quando o esquerdista Alberto Fernández venceu Mauricio Macri, aliado de Jair Bolsonaro (PL), na Argentina.
O resultado do pleito no país vizinho marcou a retomada do kirchnerismo à frente da Casa Rosada.
Bolsonaro, o pai, deve enfrentar na eleição do ano que vem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou o país entre 2003 e 2010 -período em que vários países sul-americanos tinham governos posicionados à esquerda no espectro ideológico.
Nos anos seguintes, houve uma inversão no tabuleiro político continental com o triunfo de líderes de direita -como Bolsonaro, eleito em 2018, Macri, eleito na Argentina em 2015, e Sebastián Piñera, eleito no Chile em 2017.
Em uma das críticas ao presidente recém-eleito no Chile, o Eduardo Bolsonaro afirmou que, após o resultado nas urnas, a “bolsa chegou a cair 8%”.
“Já o dólar teve sua a maior alta desde 2008, chegando a 878 pesos chilenos. Esse é o maior preço do dólar desde o início da pandemia”, declarou o filho de Bolsonaro.
Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Polêmica Paraíba