O Brasil está precisando de harmonia, paz, reconciliação. Esse ambiente de permanente conflito que alguns insistem em promover, não é bom para ninguém. É preciso que haja a compreensão de todos os compatriotas no sentido de trabalharem de mãos dadas pelo fim da violência, a restauração da dignidade humana e o restabelecimento do Estado Democrático de Direito. Não podemos mais continuar sendo cúmplices na deterioração do tecido social brasileiro, alimentando essa briga irresponsável por motivações meramente políticas.
É inaceitável que permaneçamos impotentes diante da pobreza, da desigualdade social, da falta de empregos, do desrespeito aos direitos individuais e coletivos e da insegurança, que se apresentam de forma assustadora em nosso país nos tempos atuais. É hora de reagir. E essa reação exige, em primeiro lugar, que se estabeleça um clima de concórdia entre lideranças políticas e a sociedade como um todo.
Reconstituir a unidade nacional, deixando de lado rancores que insuflam as brigas, é condição necessária para que não nos afundemos no abismo da desesperança. Divergências de pensamentos e opiniões fazem parte da essência dos regimes democráticos. Porém, não podem ser motivos para ataques ofensivos e agressivos entre os que estão em lados opostos políticamente. O próximo ano, quando acontecerá a eleição do novo mandatário da nação, vai demandar, de cada um de nós, a responsabilidade de contribuir com a diminuição das tensões que naturalmente os processos eleitorais provocam.
Os agentes políticos que não são afeitos ao diálogo respeitoso entre adversários numa disputa eleitoral, não podem ser considerados úteis nesse processo de reunificação do país que se faz necessário. Só assim conseguiremos separar o joio do trigo. As grandes dificuldades e desafios que o país enfrenta, só serão vencidos com um movimento que uma todas as forças num só objetivo, transcendendo as diferenças políticas e partidárias que têm nos separado. Isso não quer dizer que devamos ter candidaturas únicas, mas que as opções sejam feitas observando os preceitos democráticos de respeito às divergências, aceitando a prevalência da vontade majoritária do povo, conforme defina o resultado da eleição. O discurso da beligerância não merece ter ressonância. E que o próximo presidente da república seja o governante de todos os brasileiros, indistintamente, e não só dos que nele votarem.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba