Ao comunicar que iria se desfiliar do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin deixou mais claro a pessoas próximas que hoje está propenso a encampar o projeto de ser candidato a vice ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são da Folha de São Paulo.
Segundo relatos, o agora ex-tucano verbalizou que precisa pensar no país e que se aliar a uma chapa com o petista pode trazer a candidatura de Lula para o centro, afastando tentativas de atrelar a ela a pecha de radical de esquerda.
Aliados de Alckmin que conversaram com ele nos últimos dias o veem maduro na decisão.
O ex-governador paulista chegou a dizer, em encontro com um prefeito paulista, que já havia recebido convite de Lula para se juntar à chapa. E, de acordo com pessoas próximas ao ex-tucano, o ex-presidente e Alckmin têm se falado com frequência.
“Não tem nenhuma conversa formal na mesa com a gente”, diz a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Segundo ela, o partido está em processo de conversa com outras siglas e de decisão interna a respeito da formação de federações —quando as legendas se unem nacional e regionalmente por quatro anos.
O PT discute a possibilidade de se unir a PSB, PC do B e PSOL.
“Caso seja formada [a federação], a decisão passa a não ser só do PT. Claro que temos uma preponderância na montagem da chapa, mas tem que ouvir a todos [os partidos], senão é desconsideração”, diz.
Apesar da cautela de Gleisi, nos bastidores, alas do PT dizem que Lula está entusiasmado com a ideia de se unir a Alckmin e que as tratativas estão avançadas.
As conversas entre petista e ex-tucano ocorrem pelo menos desde novembro, com antecipou a coluna Mônica Bergamo e tem como entusiastas membro de PT e PSB.
A definição do partido para o qual Alckmin migraria para se juntar ao petista, no entanto, não está fechada. O destino mais provável do ex-tucano é o PSB.
O ex-tucano afirmou que anunciará em breve os próximos passos. A expectativa entre pessoas próximas é que o anúncio de para qual partido migrará ficará para o ano que vem.
Fonte: Folha de S.Paulo
Créditos: Polêmica Paraíba