Botafogo-PB

Botafogo-PB volta a lidar com dívidas altas e contas bloqueadas

Clube tem condenações em 1ª instância em processos que somam R$ 500 mil. Presidente do Belo acredita que montante pode ainda aumentar durante os próximos meses, com outras ações

O Botafogo-PB ficou por um bom tempo longe das manchetes sobre dívidas e contas bloqueadas. Mas, após muitos anos se saneando financeiramente e conseguindo pagar dívidas históricas trabalhistas, o Belo volta a viver uma realidade de sufoco financeiro por conta de condenações na Justiça do Trabalho. Atualmente, o Alvinegro está com as contas bloqueadas e foi condenado, em 1ª instância, em processos de 2019 para cá, a pagar cerca de R$ 500 mil.

O Botafogo-PB também está sendo cobrado por empréstimos bancários que fez em 2020, alguns contraídos pela diretoria comandada pelo ex-presidente Orlando Soares às vésperas da tumultuada eleição que o atual presidente do clube, Alexandre Cavalcanti, enquanto oposição, acabou vencendo.

 

Nas últimas semanas, chegou uma notificação de penhora dos equipamentos da academia do clube para sanar essas dívidas com um banco. Desse modo, o montante potencial de dívidas gira em torno de R$ 1 milhão, situação que preocupa o presidente Alexandre Cavalcanti.
“Eu só posso falar do que é oficial, que são esses R$ 500 mil, que o clube foi condenado. Fizemos um pedido no TRT para que unificasse todas as dívidas e fizemos um plano de pagamento. A ideia é que 20% das receitas correntes vão para a Justiça do Trabalho para irmos pagando essas dívidas. Mas por enquanto estamos com todas as contas bloqueadas. Estamos aguardando a Justiça do Trabalho desbloquear para começar a pagar o que devemos”.

De 2019 para cá, o clube foi condenado em processos movidos pelos goleiros Edson e Samuel Pires, pelos laterais Christiano e Léo Moura, pelo atacante Maurinho e pelo ex-auxiliar técnico do clube e ex-jogador, Ramiro Souza. As maiores condenações são nas ações de Samuel Pires e de Léo Moura. Os dois acusam o clube de que houve fraude na estipulação da verba remuneratória, falta de recolhimento do FGTS, falta de pagamento das rescisões contratuais, dentre outros descumprimentos. Após decisão na 1ª instância, o Botafogo-PB deve R$ 241.724,92 a Léo Moura e R$ 203.690,95 a Samuel Pires. A ação de Léo Moura, que foi ingressada neste ano, correu à revelia, que é quando o réu não apresenta defesa.

 

“Nunca recebemos a notificação e não conseguimos obter juntos aos Correios essa informação. Eles alegam que não podem dar a informação de quem recebeu a intimação, e a Justiça do Trabalho não aceita a justificar que a carta com aviso de recebimento nunca foi recebida no clube. É possível que outros processos surjam. Meu objetivo é não gerar mais dívidas. Estamos tentando minimizar a possibilidade de ter dívidas deste ano. Eu acredito que não vou deixar dívidas deste ano. Vamos pagar 100% do elenco de 2021.”

Fonte: GEPB
Créditos: Polêmica Paraíba