Rio Tinto

HOMOFOBIA NA PARAÍBA: Capinador acusa ex-policial de ter dilacerado seu rosto durante ataque - VEJA VÍDEO

Foto: reprodução do facebook

Gay assumido, o capinador Valdir Cunha de Maceno, de 50 anos, usou as redes sociais para denunciar o momento de horror que viveu após ser vítima de homofobia em Rio Tinto, na Paraíba. Valdir acusa o ex-policial Paulo Roberto Paiva do crime. Imagens que mostram a vítima, que teve ruptura de ligamentos da boca e levou mais de 30 pontos, viralizaram e provocaram onda de solidariedade. Com informações do jornal O Globo.

De acordo com Valdir, na tarde do último sábado (04/12) ele foi até uma mercearia, que pertence a um parente, para descontrair e encontrou o ex-policial. Assim que o agressor o viu no local, mandou que ele se retirasse porque nao gostava de gay ou lhe daria um “soco ou tiro“. Valdir conta ter respondido que ele não era “Deus para mandar no mundo“, mas logo em seguida foi agredido. “Ele me deu um murro, estourou o meu rosto“, conta. “Foi tudo muito rápido. Eu estava calmo, só dei essa resposta e ele ficou bravo porque disse que não gostava de gente como eu“. O soco foi tão forte, que ligamentos da boca da vítima se romperam e ele levou mais de 30 pontos.

Antes de ir para o hospital, Valdir registrou o estado em que ficou após os golpes que recebeu para reunir provas contra seu agressor. “Eu fui correndo para o hospital aqui de Rio Tinto, mas era grave e me mandaram para a capital. Cheguei lá às 18 horas e só sai no domingo“, lembra. O caso foi denunciado na delegacia de Mamanguape (PB). Segundo a irmã de Valdir, Ivoneide Cunha, após saber que o caso estava repercutindo, o agressor mandou um homem entregar R$ 300 a vítima como pedido de desculpas.

Apesar de não aceitarem o dinheiro e afirmarem que vão seguir com a denúncia, Ivoneide e Valdir têm medo de que o caso fique impune porque o acusado é influente e dono de vários imóveis na cidade. “R$ 300 não vai limpar o que ele fez. Meu irmão não aceitou o dinheiro e a gente só quer justiça“, diz. “Na minha adolescência eu tinha muito medo de represália. Mas eu me aceitei e as pessoas têm que me aceitar. Decidi que não ia mais viver a vida que os outros queriam para mim e vou continuar assim”, conta Valdir.

 

 

Fonte: Williams Soares
Créditos: Polêmica Paraíba