Arimatea Souza
Burburinho
A visita ontem de um repórter da revista Veja às dependências da Assembleia Legislativa, à procura de membros da mesa diretora, causou uma imensa agitação nos meios políticos.
A ´combustão´ foi ampliada com os boatos dando conta de que a Secretaria de Comunicação do Estado havia fornecido um ´dossiê´ sobre a AL à referida publicação.
Resgate
A Coluna reproduziu ontem declarações da secretária de Finanças, Aracilba Rocha, sinalizando um dos gargalos do parlamento: os gastos para a manutenção dos gabinetes dos deputados – R$ 14 milhões e 400 mil anuais.
Outro flanco
Especulou-se também que a revista poderá enveredar pela quantidade expressiva de suplentes no exercício do mandato, mediante licenças questionáveis.
´Bombeiro´
O deputado João Gonçalves (PEN) – que tem encurtado o caminho de volta à base situacionista – reapareceu ontem e defendeu uma reaproximação do seu partido com o governo.
“De minha parte não há ódio nem rancor”, ressaltou.
Vícios
Por sua vez, o deputado Tião Gomes (PSL) afirmou que a classe política do Estado está mal acostumada, razão pela qual estaria resistindo ao ´estilo´ Ricardo.
Mudança
“Ricardo foi eleito para mudar a Paraíba, e não será a Assembleia que vai impedir isso”, assinalou Tião.
“Tínhamos era que contribuir”, arriscou.
Quinhão
Para o deputado, “a maioria” de seus colegas na AL “quer continuar com as benesses que existiam antigamente – deputado com 500 gratificações, com 1 mil nomeações…”
Motivação
“É uma questão de radicalismo e de ódio”, exclamou Tião se referindo à postura do PEN, comandado pelo deputado-presidente Ricardo Marcelo.
A intenção seria cassar o mandato do governador.
Imposição
Em entrevista ontem na Capital, o licenciado deputado Guilherme Almeida (PSC) qualificou como “um desafio que a vida nos impõe” o fato de ter assumido a Secretaria de Agricultura da PMCG.
Questão de opção
“Sou filho de Campina e queria ser prefeito. Mas a sociedade colocou duas opções no segundo turno. E eu enxerguei em Romero Rodrigues a melhor opção; a alternância de poder na cidade”, situou Almeida.
Servir
Ele explicou que resolveu se licenciar da AL “porque o prefeito me convocou para ocupar uma secretaria. E você não pode se dar ao luxo de reclamar que as coisas estão erradas e, quando convocado, não se colocar à disposição. A minha intenção é servir à minha terra nesse momento”.
Fora de pauta
Guilherme negou uma aproximação em marcha com o governo estadual.
“O PSC não discutiu essa questão. Eu sou membro do partido e seguidor das orientações partidárias”, respondeu.
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Mais à frente
O parlamentar informou ainda que “no momento oportuno, lá para o segundo semestre, é que nós vamos nos posicionar politicamente. Os meus olhares agora estão voltados para a área administrativa em Campina”.
´Panos quentes´
A nova deputada Iraê Lucena (PMDB) anunciou ao ser empossada que vai exercer o mandato “na plenitude”.
A sua intenção – frisou – “é desarmar os espíritos”.
Dinâmica
De acordo com Iraê, “o PMDB já apoiou Ricardo duas vezes. Em política, tudo pode acontecer”.
Dialogar
A peemedebista declarou que “não tenho medo de ser punida” pela direção partidária.
“Política é diálogo e a gente tem que conversar”, emendou.
O custo
Conforme a secretária de Administração, Livânia Farias, os 5.180 servidores que tomaram posse ontem vão onerar a folha do Estado em mais de R$ 4 milhões.
Conta-corrente
Dentro das articulações para a consolidação da eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado – pleito será na próxima semana -, o PMDB paraibano (leia-se senador Vital Filho) tenta viabilizar um cargo federal para agasalhar o ex-prefeito Veneziano.
Ecos
Os gastos ´supérfluos´ na Granja Santana continuam a repercutir na imprensa nacional, especialmente através do jornal Folha de São Paulo.
Tramitação
“Abrimos um procedimento administrativo e, uma vez confirmados os fatos, vamos transformar em inquérito civil”, disse ao jornal o promotor de Defesa do Patrimônio Público Rodrigo Pires de Sá.
Contestação
O procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, assegurou ontem que “todas as respostas” sobre essa denúncia “serão dadas” ao Ministério Público, dentro do prazo estabelecido.
“Não temos nada a temer”, grifou.
“Factoide”
Na solenidade de posse dos novos concursados, Ricardo Coutinho considerou a repercussão do fato “um factóide”, adiantando que “amanhã vão inventar outro factóide”.
Ele atribuiu essa movimentação à “parte do atraso” na política da Paraíba “ligada com setores da mídia”.
RC disse ainda que o seu governo consegue fazer muitas obras “porque sabe economizar dinheiro, não gasta em vão”.
– Pode ter qualquer investigação – arrematou.
O inventário na PMCG vai demorar…
