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Enem 2021 terá o menor número de participantes negros na história da avaliação

Comemorado anualmente no Brasil no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é uma data para discutir a necessidade de inserir as pessoas negras em todos os espaços da sociedade. Mesmo com esforços e a luta para que isso ocorra na educação, por exemplo, o país vê o direito aos estudos diminuir entre essa população. A maior prova de acesso ao ensino superior público e privado, o Enem, registrou o menor índice pessoas negras inscritas na avaliação de 2021.

Dos 3,1 milhões de inscritos para essa edição, apenas 11,7% dos participantes são negros

Comemorado anualmente no Brasil no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é uma data para discutir a necessidade de inserir as pessoas negras em todos os espaços da sociedade. Mesmo com esforços e a luta para que isso ocorra na educação, por exemplo, o país vê o direito aos estudos diminuir entre essa população. A maior prova de acesso ao ensino superior público e privado, o Enem, registrou o menor índice pessoas negras inscritas na avaliação de 2021.

O número é o menor desde 2009, segundo levantamento do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). Entre os participantes pardos e pretos que vão fazer as provas, a diminuição foi de 52% em relação ao ano passado. Ainda de acordo o Semesp, além do Enem 2021 ter registrado menor taxa de participantes negros e oriundos de escolas públicas dos últimos anos, aumentou o número de pagantes e de brancos.

Dos 3,1 milhões de inscritos para essa edição, 11,7% dos participantes são negros. Os pardos – classificação do IBGE – são 42,2% dos aplicantes, menor nível desde 2012. A maioria dos participantes se declara branco e de classe média.

Também houve queda de 77% no número de pessoas inscritas com isenção na taxa de inscrição por carência socioeconômica, em relação à edição anterior do exame. No ano passado, o Enem concedeu 3,6 milhões de isenções por declaração de carência. Neste ano, 822.854 declarações de carência foram aceitas.

Um estudo sobre ação afirmativa e população negra na educação superior, publicado em agosto de 2020, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apurou que 36% dos jovens brancos na faixa etária dos 20 anos estão estudando ou terminaram sua graduação, enquanto entre pretos e pardos o percentual é de 18%.

A desigualdade é verificada, ainda, em alguns cursos superiores, cuja presença de negros não chega a 30%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São os cursos de medicina, design gráfico, publicidade e propaganda, relações internacionais e engenharia química.

Fonte: ASSESSORIA
Créditos: Polêmica Paraíba