Leonardo Péricles, 40 anos, de Belo Horizonte, morador da Ocupação Urbana Eliana Silva, na região do Barreiro, é o primeiro pré-candidato à presidência da República pela Unidade Popular pelo Socialismo, o mais novo partido do Brasil. A indicação do nome foi aprovada pelo 2º Congresso Nacional da Unidade Popular pelo Socialismo, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de novembro, em São Paulo. Além dessa decisão, o partido decidiu por uma grande campanha de crescimento, pela continuidade da luta contra o fascismo e a derrubada do governo Bolsonaro.
Com o tema “Povo nas ruas, UP nas Lutas”, a atividade contou com a presença de mais de 200 delegados eleitos em 20 estados brasileiros e discutiu principalmente a situação política e econômica do país, um programa da classe trabalhadora para tirar o Brasil da crise, as lutas por melhores condições de vida e a defesa do socialismo.
A proposta de pré-candidatura à presidência é resultado de um profundo debate no diretório nacional e nos congressos estaduais e municipais que aconteceram como etapas anteriores à etapa nacional. O entendimento é que há a necessidade de uma verdadeira candidatura de esquerda nas próximas eleições nacionais, considerando fundamental a defesa de um programa que paute a soberania nacional e a industrialização da economia sob controle da classe trabalhadora, pois nenhuma candidatura até agora defende questões como a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, o fim das privatizações, a auditoria cidadã da Dívida Pública, a redução da jornada de trabalho, o congelamento do preço dos alimentos e o fim da carestia, a defesa das reformas urbana e agrária e uma unidade de esquerda contra o fascismo e neoliberalismo no Brasil.
O Congresso Nacional da UP aprovou por unanimidade a proposta da pré-candidatura de Leonardo Péricles à presidência da República. Além de ser o mais jovem partido do Brasil, a Unidade Popular é um partido que é construído pelos trabalhadores e trabalhadoras, pelos negros e negras, pela juventude, pelas mulheres, pelos indígenas, pelos LGBTQIA+, pelas PCDs, pelos quilombolas e pelo povo pobre das periferias brasileiras.
“Quero agradecer a confiança de todos os filiados e filiadas do partido pela grande missão de representar um programa popular e o socialismo para defender os trabalhadores e enfrentar o fascismo, os banqueiros e a burguesia. Tenho convicção que com a mesma ousadia que tivemos para a legalização do partido enfrentando todas as dificuldades sem nenhum centavo dos ricos, vamos fazer história para o país deixar de ser dos milionários e ser do povo”, afirma.
Sobre a Unidade Popular pelo Socialismo (UP): teve seu registro eleitoral aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 10 de dezembro de 2019, como resultado de um trabalho coletivo de centenas de militantes populares brasileiros, apoiado por mais de 1,2 milhão de pessoas que identificaram no programa da UP seus anseios e depositaram a confiança na construção de um novo mundo.
A Unidade Popular foi gestada nas manifestações de 2013, articulada por movimentos populares como o Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB), o Movimento de Mulheres Olga Benario, o Movimento Luta de Classes (MLC), a União da Juventude Rebelião (UJR) e milhares de trabalhadoras e trabalhadores.
Já em 2020, em seu primeiro ano de legalização, a UP disputou as eleições estaduais e municipais em diversas regiões do país, como o Pará, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina, Bahia e outros, com candidaturas populares, tendo uma atuação expressiva e de defesa de seu programa e do socialismo.
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria