Pau que nasce torto

Marcos Tavares

Não tenho nada pessoal contra o prefeito Cartaxo – em quem não votei – e muito menos contra sua equipe. Só que alguns equívocos cometidos logo no início da administração me obrigam a opinar. Segurança, constitucionalmente, é uma função do Estado a quem cabe zelar pela integridade dos bens e da vida de seus cidadãos. À municipalidade cabem outras funções, e misturá-las é criar um caldo do qual não sairá boa coisa. Se a prefeitura é eficiente em educação, saúde, limpeza pública, enfim no que lhe concerne, libera o Estado para aplicar mais na segurança e a gente terá uma vida melhor. Não é uma secretaria bastarda, criada às pressas para atender compromissos políticos, sem dotação e sem pessoal quem vai poder fazer nada para minorar a violência em que vivemos.

Igualmente acho que a criação desse consulado em Brasília vai gerar polpudos empregos e pouca verba. Não é uma cidade pequena, de uma região inexpressiva economicamente quem vai carrear dinheiro para a capital agindo no intricado mundo de interesses de Brasília. Se nos sobrar alguma coisa desse latifúndio é pela condição de petista do nosso prefeito que deve sensibilizar Dilma disposta a uma reeleição. Logo essa secretaria ou coisa que o valha seria e é totalmente dispensável ou todas as capitais brasileiras já teriam adotado essa medida salvadora. Ela certamente vai servir de cabide onde pendurar petistas ilustres desterrados e muito pouco mais do que isso.

Por isso insisto. Fazer o dever de casa já seria o suficiente para Cartaxo e para seu futuro político. Enveredar pela perigosa senda da segurança pública é procurar sarna para se coçar, que com certeza virá logo. Com uma Guarda Municipal pequena e despreparada, sem viaturas, sem um treinamento ou comando militar, o município no máximo conseguirá assegurar a integridade dos seus prédios vez em quando visitados pelos larápios. Esperar mais do que isso de uma segurança municipal é onírico, impraticável e irrealista.

Palanque

Um raio de esperança na vida administrativa da Paraíba. Prefeito da capital e a equipe do governo começam a se entender e traçar metas conjuntas.

A Paraíba precisa descer do palanque se não quiser patinar na mediocridade e jamais alcançar índices desejados de progresso. Isso somente será possível quando as diversas correntes partidárias esquecerem as diferenças e começarem a procurar semelhança.

Afinal, o eleitor escolhe gestores para fazer crescer seu Estado e não para pôr mais lenha na fogueira das vaidades requentadas.


Armados e perigosos

Tremo somente de imaginar o que farão os “bombados” da prefeitura armados e com poder de atirar.
Eles já protagonizaram diversos episódios de violência contra ambulantes sem que nenhum deles tenha sido apurado devidamente. Agora, com a criação da Secretaria de Segurança Municipal, eles deverão portar armas e exibir mais “otoridade”.
Sem treinamento adequado, podem chegar às raias do barbarismo no cumprimento das tarefas que lhes forem delegadas.

Festiva

Fest-Verão, Extremo Cultural, Folia de Rua. A cidade vive em pleno clima de festa.
Nem parece que nossos irmãos do interior lutam por um copo d’água e um prato de comida.

Diretório

Manuel Júnior insiste. Quer o comando do Diretório do PMDB na capital independente da vontade do clã Maranhão.
Pode ser o início de um racha público do partido que vem se desentendendo há anos.

Digitalizando

A prefeitura, através de sua Secretaria de Ciências e Tecnologia, insiste em não se pronunciar sobre o caso Jampa Digital.
Como quem cala consente, parece que o furo no dinheiro vai ficar assim mesmo.

Suspeitos

A Prefeitura de Coremas, com a energia cortada há meses por falta de pagamento, ilumina-se graças a uma “gambiarra” puxada do cabaré da cidade.
Realmente o amor faz milagres.

Secura (I)

O Dnocs fecha quatorze áreas de irrigação no Estado porque os mananciais correm risco de secar totalmente.
Com certeza esses não serão pontos visitados pela presidente Dilma Rousseff.

Secura (II)

Ainda existe bom senso no interior. O prefeito de Boa Vista suspende festas e celebrações diante do calamitoso estado criado pela seca.
Essa deveria ser a tônica dos gestores em todo o Estado.

Frases…

Batraquial – Quem engole muitos sapos acaba cantando na lagoa.
Esforçado – Baiano só faz trabalho se for à macumba.
Enraizado – Cultura de raiz é mandioca.