O vereador de Duque de Caxias Carlos Augusto Pereira Sodré, o Carlinhos da Barreira, foi preso na manhã desta sexta-feira (22) durante a operação Barreira Petrópolis. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil, que apuram o caso, ele é suspeito de comandar um esquema de agiotagem e extorsão, que conta com a participação de dois policiais militares. Os PMs também são alvos da ação e foram presos nesta manhã.
A operação ainda busca cumprir 17 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos alvos. O vereador teve sequestro de seus bens imóveis e de recursos financeiros. Carlinhos da Barreira ainda é acusado de lavagem de dinheiro e fraude à licitação. Em cinco anos, ele movimentou mais de R$ 60 milhões, que, segundo as investigações, são “provenientes das práticas criminosas denunciadas”.
Os policiais Ricardo Silva dos Santos e Carlos Alexandre da Silva Alves foram presos na operação. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, a pedido do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Um dos mandados foi cumprido na Câmara de Vereadores de Caxias. A operação ainda conta com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
Esquema de agiotagem
Segundo as investigações, o vereador cobrava juros ao emprestar dinheiro. Entre os casos apurados, um empresário do setor de compra e venda de automóveis, fez o empréstimo no valor de R$ 1 milhão em janeiro de 2019, sob a condição de que fosse pago o juro mensal de 3,5%, equivalente a R$ 35 mil. PMs foram chamados por Carlinhos para ameaçar de morte o empresário quando ele não conseguiu, após um ano, arcar com a dívida.
Fraudes
O vereador também é acusado por fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Em um dos casos, de 2013 a 2016, a empresa Madasa Comércio e Locações de Máquinas e Veículos manteve vínculo contratual com a Prefeitura de Caxias. Nesses três anos, ela repassou à Sodré Serviços de Transportes Locação de Máquinas e Equipamentos, empresa em que Carlinhos é sócio, o valor de R$ 8.546.367,56, em 109 diferentes operações bancárias.
A mesma tática foi feita com mais três empresas – TGM Locação de Máquinas e Equipamentos, V.F. da Rosa Refeições e Hashimoto Manutenção Elétrica e Comércio -, de 2017 a 2018, com o recebimento total de R$4.193.624,62 nas contas da empresa de Carlinhos da Barreira.
Fonte: Extra globo
Créditos: Polêmica Paraíba