Assim como aconteceu em 2017, quando petistas organizaram uma ‘inauguração popular’ de obras da transposição do Rio São Francisco, que na ocasião haviam sido entregues oficialmente pelo então presidente Michel Temer no município de Monteiro, um ato semelhante está sendo planejado para acontecer em São José de Piranhas, em 15 dias.
De acordo com informações do blog Agenda Política, parlamentares do sertão estão à frente da organização. Antes de fazer qualquer anúncio oficial, eles estudam a viabilidade do evento e a eventual participação de lideranças petistas de estados vizinhos. A proposta é que o ato ocorra uma semana após a passagem de Bolsonaro pela Paraíba.
O presidente do PT, Jackson Macedo, confirmou que ‘há uma disposição de algumas pessoas de fazer uma inauguração popular, mas essas coisas estão sendo levantadas ainda’.
Conforme apuração do blog, a ideia do PT é fazer um contraponto à inauguração oficial, que vai acontecer no dia 21, com as presenças aguardadas do ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vão entregar oficialmente o último trecho do canal do Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco.
Em 2017, o objetivo do PT foi se contrapor ao discurso do então presidente Michel Temer, que sofria uma forte oposição por causa do impeachment de Dilma Rousseff. Agora, o plano é se contrapor à ‘Jornada das Águas’, organizada pelo Governo Bolsonaro, com anúncios e entregas de obras de infraestrutura, preservação e recuperação de nascentes e cursos d’água, saneamento, irrigação e apoio ao setor produtivo e aos municípios.
Enquanto o PT vai reivindicar a ‘paternidade’ da obra para o ex-presidente Lula, parlamentares e aliados de Jair Bolsonaro pretendem se pronunciar contra o ato, com críticas aos governos petistas, por atraso, falhas e supostos desvios na execução das obras, já que segundo o planejamento inicial, a transposição deveria ter sido finalizada há 10 anos.
Se vier a ocorrer, a ‘inauguração política’ vai servir para alimentar ainda mais o clima de polarização para 2022.
Fonte: Agenda Política
Créditos: Polêmica Paraíba