Após o término dos trabalhos na terceira semana deste mês, o campo majoritário da CPI da Pandemia discute um roteiro de viagens para levar o relatório final a entidades nacionais e internacionais. No Brasil, a ideia é que a cúpula da comissão de inquérito entregue o parecer final tanto a órgãos de fiscalização federais, como a PGR (Procuradoria-Geral da República), e a procuradorias-gerais dos estados e ministérios públicos.
”Nós mandaremos para a Procuradoria-Geral da República apenas os [nomes] que tiverem prerrogativa de foro”, disse o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). “A CPI levará a cada estado cujo Ministério Público tenha a ver com a investigação”, acrescentou.
Pelas linhas de investigação da CPI da Pandemia, integrantes do chamado G7, grupo de senadores independentes e de oposição, dão como certa a entrega do parecer final a órgãos de fiscalização em São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas.
No exterior, são discutidos destinos como Estados Unidos, Suíça e Holanda. “Eu defendo que a gente vá a Washington e Genebra. E, dependendo dos crimes tipificados, a Haia”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE).
Em Washington, fica a sede da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e, em Genebra, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. A intenção do campo majoritário é denunciar o atual governo por eventuais crimes cometidos durante a pandemia do novo coronavírus.
Já na Holanda funciona o Tribunal de Haia, uma corte internacional que se propõe a julgar denúncias de crimes contra a humanidade.
O vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o total de pedidos de indiciamento pode chegar a 50. Atualmente, a comissão de inquérito conta com 37 investigados. O relator já antecipou que o parecer final pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
Créditos: Polêmica Paraíba