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JOÃO PESSOA DO FUTURO: Prefeito Cícero Lucena prepara Parceria Público-Privada para o setor de energia solar na Capital; entenda

Por ser considerada uma fonte de energia limpa, a energia solar é uma das fontes alternativas mais promissoras para obtenção energética

A cada dia que passa, os painéis solares passaram a se tornar um item a mais nas paisagens das cidades. A energia solar é proveniente da luz e do calor do sol, os quais são convertidos em eletricidade. Essa fonte de energia pode ser aproveitada de forma fotovoltaica ou térmica, gerando energia elétrica e térmica, respectivamente. Por ser considerada uma fonte de energia limpa, a energia solar é uma das fontes alternativas mais promissoras para obtenção energética.

O prefeito de João Pessoa Cícero Lucena (Progressistas) revelou durante a visita do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na semana passada, que prepara uma Parceria Público-Privada para o setor de energia solar na capital paraibana.

Ainda sem firmar uma data para início dos projetos, o gestor afirmou que parlamentares paraibanos que têm bom trânsito em Brasília junto ao Governo Federal estão empenhados na realização da parceria para a geração de energia solar em João Pessoa. “João Pessoa terá conjuntos habitacionais com energia solar e um espaço destinado a pequenos negócios que vão viabilizar em definitivo a manutenção dos equipamentos”, disse o prefeito durante entrevista à imprensa.

Parceria Público-Privada – contrato pelo qual o parceiro privado assume o compromisso de disponibilizar à administração pública ou à comunidade uma certa utilidade mensurável mediante a operação e manutenção de uma obra por ele previamente projetada, financiada e construída.

A redação do Polêmica Paraíba tentou entrar em contato com a gestão da Prefeitura de João Pessoa para mais detalhes sobre as novidades no setor de energia solar, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno dos responsáveis pelos projetos.

Outorgas para usinas solares na Paraíba

De acordo com o deputado federal Efraim Filho (Democratas), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone, assinará no próximo mês de outubro 12 outorgas para instalação de novas usinas solares na região do Sertão paraibano. O investimento estimado para a construção dos empreendimentos é de R $2,4 bilhões, em recursos privados e a previsão é de que 28 mil empregos sejam gerados.

As usinas terão atuação como produtoras independentes de energia. Cada uma possuirá 50 megawatts (MW) de potência, totalizando 600mw o complexo. A assinatura das outorgas contará com representantes do Governo Federal, com o governador João Azevedo, a bancada federal, deputados e outras lideranças da região.

Energia solar no Brasil

O Brasil foi o primeiro país subdesenvolvido a fabricar células fotovoltaicas. Por estar localizado próximo à Linha do Equador, uma região de alta incidência solar, o país conta com um cenário extremamente favorável para a geração energética a partir da energia solar. Além disso, é abundante em silício, matéria-prima usada para fabricação das células fotovoltaicas.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 30 mil geradores de energia fotovoltaica. De acordo com a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), existem no país cerca de 500 mil coletores solares residenciais. A previsão é de que Brasil fechará o ano de 2018 com uma capacidade instalada de energia solar próxima aos 2,5 gigawatts, eficiência cerca de 115% maior em relação ao ano anterior.

No país, há ainda alguns projetos a respeito da geração da energia heliotérmica, principalmente na região Nordeste. Em 2010, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação iniciaram um acordo para a construção de plataforma de pesquisa em Petrolina, Pernambuco, com o objetivo de introduzir a energia solar no mercado brasileiro.

Outro projeto é o SMILE (Sistema Solar Híbrido com Microturbina para Geração de Eletricidade e Cogeração de Calor na Agroindústria), cujo objetivo é construir duas usinas solares para geração de eletricidade integrada às atividades agroindustriais. A previsão é que seja construída uma usina em Pirassununga, no estado São Paulo, e outra em Caiçara do Rio do Vento, no Rio Grande do Norte.

Apesar disso, os custos para geração de energia solar ainda são bastante elevados se comparados a outras fontes de energia, como a hidráulica e os combustíveis fósseis. A instalação de um sistema de energia solar no Brasil custa cerca de 3,5 mil euros por kWp (quilo-watt pico). O elevado custo de instalação, somado à falta de informação a respeito da efetividade dos painéis fotovoltaicos, explica o fato de a energia solar ainda não ter alcançado boa parte das residências, estabelecimentos e indústrias no Brasil. Sendo assim, o país ainda não se configura entre os líderes na produção e no uso de energia solar.

Saiba mais

Energia solar fotovoltaica é a conversão direta da radiação solar em energia elétrica. Essa conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas, compostas por material semicondutor, normalmente o silício. Ao incidir sobre as células, a luz solar provoca a movimentação dos elétrons do material condutor, transportando-os pelo material até serem captados por um campo elétrico (formado por uma diferença de potencial existente entre os semicondutores). Dessa forma, gera-se eletricidade.

Energia solar heliotérmica, no sistema heliotérmico, a energia proveniente do Sol é transformada em calor, aquecendo, principalmente, a água de residências, hotéis e clubes. Para que isso seja possível, são utilizados painéis solares (espelhos, coletores, helióstatos), que refletem a luz solar, concentrando-a em um único ponto no qual há um receptor. Regiões com grande incidência solar, poucas nuvens e terrenos planos são próprias para produção de energia solar heliotérmica. No Brasil, as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste destacam-se na produção desse tipo de energia solar.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba