Oportunidades “solares” caminham a passos lentos na Paraíba

A Paraíba ocupa uma péssima colocação no ranking dos estados nordestinos quando o assunto é energia renovável. O Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia (PROINFA) foi lançado, no Brasil, desde 2002 e logo se tornou o plano diretor para diversificação das fontes de energia em âmbito nacional. Desde então, os estados desenvolvem pesquisas para diagnosticar suas potencialidades e utilizá-las ao seu favor, ‘abrindo portas’ para novas oportunidades, porém, a Paraíba segue caminhando a ‘passos lentos’.

Rumo ao desenvolvimento energético, a Paraíba desperdiça seu enorme potencial. Para se ter uma idéia, de acordo com as informações do Mapa Solarimétrico do Brasil, somos privilegiados com uma média anual de 8h diárias de radiação solar (o maior índice apontado no estudo) se destacando, inclusive, entre os demais estados circunvizinhos. Enquanto isso, estados como o Rio Grande do Norte, Bahia e Fortaleza exploram o seu potencial eólico e dinamiza sua matriz energética, atraindo investimentos nacionais e internacionais.

Desde 2011 iniciativas foram tomadas na busca de tornar a Paraíba uma referência na utilização de energia solar, mas nada de concreto foi realizado. Tudo isso nos leva a crer que temos um ‘precioso’ recurso, mas somos fracos em estratégias. Para os projetos saírem do papel um conjunto de requisitos deve ser preenchido. Investimentos devem ser feitos no setor da educação, atraindo profissionais para área e privilegiando os ‘bons frutos da terra’ que deverá ser beneficiada diretamente com a medida. Capacitar a população, e formar profissionais aptos a atuar nessa área, devem fazer parte desse processo. Escolas técnicas e de nível superior são indispensáveis. Ações educativas e incentivos fiscais devem ser desenvolvidos para que o consumidor, também, apoie essa ideia.

Atualmente, o Brasil passa por um caos no setor energético. A falta de chuvas e problemas com linhas de transmissão são o cerne da conjuntura atual do setor de energia. Investimentos em energia solar e eólica tornam versátil o portfólio de empresas públicas e privadas e representam medidas preventivas, diminuindo a dependência hídrica que, já se torna um enorme desafio para 2013.

Uma gestão sustentável preza por iniciativas que tornem investimentos realidades, priorizando por projetos integrados que privilegiem setores técnicos, sociais e econômicos da sociedade.

Por Grupo de Energia e Sustentabilidade – GENS
Priscilla Maciel e Maria Luiza do Valle