'Haja terapia'

COVID X SAÚDE MENTAL: cresce número de psicólogos que atendem on-line por conta da pandemia

Segundo dados do Conselho Federal de Psicologia (CFO), o número de psicólogos que pediram para realização de atendimento on-line mais que triplicou no Brasil desde o início da pandemia do novo coronavírus.

A pandemia mudou drasticamente a vida da população, mexendo na rotina, no dia a dia, na interação social, que ficou mais difícil com o isolamento, com isso, cresceu o número de ansiosos e deprimidos, aumentando a procura por atendimento psicológico online.

Segundo dados do Conselho Federal de Psicologia (CFO), o número de psicólogos que pediram para realização de atendimento on-line mais que triplicou no Brasil desde o início da pandemia do novo coronavírus.

A psicóloga Thaiza Sales, precisou se adaptar ao novo modelo de atendimento.

O atendimento online não era uma possibilidade que eu cogitava. Precisei me adaptar à realidade. No início da pandemia, todos os atendimentos tornaram-se remotos. Com o passar dos meses, o retorno presencial aconteceu gradativamente, todavia muitas pessoas se adaptaram a esta modalidade e preferiram continuar assim.

Além da adaptação, o profissional também precisa de um cadastro para atender online, explica Thaiza.

“O psicólogo além de precisar está registrado no conselho regional de psicologia para realizar atendimentos, quando se trata da modalidade online, é realizado obrigatoriamente um cadastro pelo Sistema de Conselhos da Psicologia (E-Psi) para que esse profissional seja autorizado a prestar este serviço.”

Os principais problemas detectados foram ansiedade, fim de relacionamentos amorosos, depressão, insônia e esgotamento emocional.

Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde no ano passado, com cerca de 17,5 mil pessoas, 47% de bairros populares e 24% com renda até R$ 2,1 mil, verificou que ansiedade (relatada por 86,5% dos pesquisados) foi o transtorno mental mais relatado, seguido por transtorno de estresse pós-traumático (45,5%) e depressão em sua forma mais grave (16%).

Esse novo formato de atendimento traz consigo algumas dificuldades, pois para melhor análise do paciente o profissional precisar também observar alguns comportamentos.

“Existe a dificuldade de se ter um setting terapêutico controlado para que a relação terapeuta-paciente aconteça. Como por exemplo, o paciente em local diferente toda sessão, qualidade da internet, posicionamento da câmera que impede que alguns comportamentos sejam observados, sessão interrompida por situações variadas”, explica a psicóloga Thaiza Sales.

Especialistas afirmam que os efeitos negativos do prolongamento e do agravamento da pandemia no país farão com que essa demanda continue em alta nos próximos anos.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba