A minoria do barulho saiu às ruas atendendo convocação do capitão. Prometeram marcar presença de um milhão de apoiadores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e três milhões na Avenida Paulista, em São Paulo. Expectativas frustradas, não só nesse aspecto, mas também na confirmação do blefe de que seria hoje a data do golpe que vinham anunciando. Amanhã curtirão a ressaca da embriaguez do falso golpe desejado.
A grande maioria silenciosa ficou em casa acompanhando esse teatro de maus atores, percebendo, claramente, que a farsa política não ganhou consistência. O povo está mais preocupado em buscar formas de sobreviver, vencer a inflação galopante que se manifesta, tentar encontrar meios de subsistência diante do índice de desemprego cada vez mais crescente, enfrentar a pandemia mesmo que o ministério da saúde não esteja ajudando a população a se preservar do ataque do vírus mortífero.
Os manifestantes vestidos com a camisa da CBF terminam o dia abatidos pela decepção de não poderem comemorar a ruptura democrática prometida, naufragando em meio à desilusão. O fiasco do movimento que se propagava como ápice do movimento golpista, deixou cabisbaixos os bolsonaristas. Confiar num líder incompetente e despreparado dá nisso.
A maioria silenciosa da sociedade brasileira não quer guerra, quer paz. Não dá ouvidos ao discurso de ódio que estimula a violência e incentiva o clima de beligerância entre compatriotas. Essa parte amplamente majoritária do povo, ainda que calada, espera a hora de reagir, quando for preciso. Por enquanto, o leão que ruge dando ares de fúria, na “hora agá” mia feito um gatinho bisonho. Não consegue meter medo, como gostaria.
O que dirão amanhã? Qual será agora o discurso do “mito” para continuar agradando sua “bolha ideológica da extrema direita? A retórica da resistência não se dobrará à retórica da virulência e da intimidação. Amanhã tudo permanecerá “como dantes no quartel de Abrantes”. Falei quartel? Pode ser uma coincidência, mas vale a semelhança com o propalado apoio que diz contar das Forças Armadas, Mais uma balela. Os militares com juízo, não se arriscarão a entrar nessa aventura golpista.
O empenho dos conservadores já não é mais o mesmo. A base popular que o fortalecia no poder está minguando. A simpatia dos evangélicos também está diminuindo. Não conseguem esconder o desapontamento. A maioria silenciosa venceu esse dia de ameaças, com a tranquilidade de que “a montanha pariu um rato”. DITADURA NUNCA MAIS
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba