Opnião

Manifestação da independência e o real significado das coisas - Por Marcos Thomaz 

Lotou?? Flopou??

Cada câmera, cada ângulo narra uma história!

Cada lado interpreta o fenômeno à seu modo, sob sua perspectiva de êxito, ou fracasso. E claro, sempre carregando na tinta.

Inegável é que muita gente foi às ruas no tal dia D Bolsonarista, aquela que já foi uma data para celebrar a Independência do Brasil…

Apenas mais uma apropriação indébita desse povo esquisito.

Mas os atos contaram com muita gente sim. Mas menos, bem menos, que o superestimado milhão de pessoas em Brasília e na Avenida Paulista. Nem os ônibus, caravanas vindas de todos os cantos, com denúncias de “turbinação” e tal (se é que me entendem?), foram suficientes para atingir a marca projetada.

Noves fora a exata quantidade de público presente, fato é que milhares, milhões em termos nacionais foram às ruas para assistir Bolsonaro falar de tudo, menos do que realmente importa na vida dos brasileiros: fome, alta vertiginosa de preços, desemprego, pandemia etc.

Em que bolha vivem estas pessoas??

A pauta de Bolsonaro e da sua legião de seguidores é o impeachment de ministros do STF. Essa é a agenda urgente que esse povo entende relevante para o Brasil.

Povo catatônico desfilando nas ruas pelo projeto de sobrevivência de Bolsonaro, sua família e alguns apaniguados.

Nenhuma, absolutamente, nenhuma pauta, ou projeto de desenvolvimento nacional na mesa, apenas autoritarismo e “eliminação” do outro, ou dos outros.

Pautados nisso, teleguiados vão às ruas, inflam os peitos gritando palavras de ordem desconexas.

Além de macular, desbotar os símbolos e cores nacionais, esta turma esvaziou completamente o sentido das palavras.

O pensamento bolsonarista é um atentado ao significado das coisas.

Liberdade, democracia, direitos, deveres, patriotismo, tudo distorcido. Palavras ao vento. Falas soltas, ilógicas, que não se ligam. Frases de efeito. A sensação é de conversar com alguém sem o domínio das faculdades mentais. Imerso em um transe.

E assim se apropriam de termos caros a nossa história. Um mergulho cego para um vazio conceitual.

Em queda livre.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba