Em depoimento à Polícia Federal (PF), o cantor Sérgio Reis afirmou que esteve no Palácio do Planalto, em agosto, a convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para almoçar. Ele disse ainda que participaram do evento o cantor Eduardo Araújo e os comandantes das Forças Armadas.
Questionado se tratou das manifestações do 7 de setembro durante o almoço, ele negou. Sérgio Reis disse que as conversas foram triviais e que lembra apenas de ter falado com o comandante da Aeronáutica sobre aeronaves, tendo em vista ser também piloto.
Ele afirmou ainda não ter falado sobre uma eventual ruptura institucional no país. Por outro lado, as assessorias das três Forças – Exército, Marinha e Aeronaútica – negam que os comandantes se encontraram com Sergio Reis.
Áudio com ameaças
Sobre o áudio que gravou e foi compartilhado, no qual diz que os participantes do movimento de 7 de setembro iriam “invadir, quebrar tudo e tirar os ministros do Supremo na marra”, Sérgio Reis declarou que esse áudio foi encaminhado a um amigo, e que acredita que esse amigo compartilhou esse áudio com terceiros.
A PF o questionou sobre o que ele disse, e Sérgio Reis afirmou que foi “força de expressão”. No áudio ele diz que tratou do assunto com os comandantes das Forças. Sérgio Reis também afirmou que não teve qualquer intenção de incitar a invasão ou a prática de danos ao STF ou a violência contra os ministros do tribunal.
Ele disse ainda que errou ao dizer isso, que já se desculpou publicamente pela TV com todos que se sentiram ofendidos e que, se preciso for, pedirá desculpas diretamente aos ministros do STF. Ele também negou ter tratado sobre as manifestações durante sua visita na sede da Aprosoja em Brasília.
Cantor investigado
O depoimento foi prestado no dia 25 de agosto e integra a investigação pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e comandada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, sobre as manifestações de 7 de setembro favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro.
Procurado, o advogado de Sérgio Reis, Marcos Montemor, disse que não poderia comentar porque o inquérito está sob sigilo.
Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
Créditos: Polêmica Paraíba