A estátua de Pedro Álvares Cabral, na Glória, Zona Sul do Rio, foi incendiada, na madrugada de terça-feira. O monumento é uma homenagem aos 400 anos do Descobrimento do Brasil e também traz reproduções de Pero Vaz de Caminha e do frei Henrique de Coimbra, capelão e celebrante da primeira missa no país.
Segundo imagens que circulam nas redes sociais, o ato foi um protesto contra o Marco Temporal e o PL 490, que prevê alterações nas regras de demarcação de terras indígenas. O Marco Temporal deve ser julgado pelo STF nesta quarta-feira e defende que os indígenas só teriam direito às terras que ocupavam especificamente no dia 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição.
A Secretaria Municipal de Conservação do Rio registrou um boletim de ocorrência contra o ato de vandalismo. A Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, começou o trabalho de limpeza da peça e está avaliando a extensão dos danos causados pelo fogo.
A delegada Aparecida Mallet, da 9ª DP (Catete), acionou perícia no local e está em busca de imagens dos arredores e testemunhas para instruir a investigação e identificar os autores.
Em São Paulo, a estátua de Borba Gato foi incendiada no mês passado num protesto contra o papel do bandeirante na caça e escravidão de índios e negros.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: O Globo